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Em 2009 a 2010, foram criadas 13.882 novas vagas na universidade. Um crescimento de mais de 60%. Em 2011, serão mais 8 mil. A ampliação mais significativa ocorreu nos cursos noturnos. Enquanto em 2007 eram 910 vagas, em 2012 a previsão é que esse número chegue a quase 2.650. Mais que o dobro.
"A sociedade brasileira ganhou muito com o Reuni, a universidade é indutora do desenvolvimento do país", diz a decana de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão. "Isso pode ser verificado pelo aumento do número de jovens no ensino superior".
A expansão também é de natureza acadêmica. São 31 cursos novos. Muitos deles em regime de consórcio, com a integração de unidades acadêmicas e de visões complementares e interdisciplinares. É o caso das graduações em Turismo, Museologia, Engenharia de Computação, Ciências Ambientais e Gestão de Políticas Públicas.
"Não é só expansão. A universidade está se reestruturando e lançando as sementes para o futuro", afirma a professora Denise Imbroisi, secretária-executiva do projeto de expansão da UnB. "Estamos renovando os currículos e repensando o nosso projeto político, pedagógico e institucional".
A UnB também cresceu fisicamente. Segundo estimativa do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer, ate 2013 a universidade terá uma área construída 50% maior que em 2003. Foram 25 obras inauguradas nos últimos dois anos, num total de 60.403 m² construídos. Outras 17 construções estão em andamento nos canteiros de obra espalhados pelos campi da instituição e há ainda 16 projetos em fase de licitação para serem concluídos até 2012.
Usando R$ 92 milhões de recursos do Reuni, foram reformadas calçadas da Praça Maior, anfiteatros, laboratórios e salas de aula. Só em equipamentos, o investimento em 2010 foi de R$ 6,4 milhões. Em livros, o montante investido foi de R$ 724 mil. Sem contar a construção do prédio do Instituto de Ciências Biológicas, do Bloco de Salas de Aula Norte e do prédio do campus do Gama.
QUALIDADE - Os número do Reuni também desmentem quem acreditava que a expansão traria uma perda de qualidade. A contratação de 670 profissionais melhorou a qualidade do corpo docente. Hoje, mais de 80% dos professores da UnB têm doutorado. Nas avaliações do MEC, a qualidade dos cursos de graduação foi mantida, com nota 4 no Índice Geral de Cursos - a nota máxima é 5.
O curso de Gestão do Agronegócio, criado em 2006, recebeu nota máxima do MEC já em sua primeira avaliação. "Mesmo com dificuldades de estrutura, esse curso é um exemplo de que a qualidade é impulsionada por um conjunto de fatores, onde a motivação de professores e alunos é fundamental", diz a decana de Graduação.
A universidade está investindo no uso de tecnologias de comunicação e informação nos métodos de ensino. No ano passado, recebeu R$ 1,5 milhão em edital da Capes para essa finalidade. Também foram criadas mais bolsas para atividades de graduação, pós, extensão e de grupos tutoriais para ajudar alunos em disciplinas básicas de Física, Química e Matemática. No ensino a distância, já são 15 cursos oferecidos por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Com tudo isso, a UnB em 2012 será outra. "Teremos uma universidade que concilia democratização do acesso com excelência acadêmica, sempre com a preocupação de reduzir cada vez mais a evasão", afirma a decana. "Será uma universidade renovada, estamos atraindo excelentes professores e técnicos".
Para Márcia Abrahão, os números mostram que, após a consolidação do Reuni, será necessária uma segunda edição do programa. "Na minha opinião, será a hora de o governo induzir a criação de cursos que atendam às áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento nacional, o que não acontece hoje".
UnB Agência