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João Carlos Brahm Cousin* - O recente anúncio de contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação em 2011 gerou preocupação aos brasileiros e não poderia ser diferente. O anúncio chegou num contexto de inúmeras conquistas, comemoradas por todos, e que mudaram o cenário da Educação Superior no País. O que acontecerá a partir de agora? É o que muitos se perguntam. Acreditamos, porém, que não é momento para incertezas e reforçamos a confiança nos rumos da educação.
Confiança retomada nos últimos oito anos, quando a Educação Superior pública brasileira experimentou um salto positivo, com enorme crescimento no número de matrículas e de formandos, possibilitando, portanto, a inclusão de vários milhares de jovens, Brasil afora, que conseguiram ingressar nas Universidades.

Dentre os principais avanços realizados, é importante destacar o Reuni (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que possibilitou o desenvolvimento com interiorização das universidades federais; e a criação de 14 novas instituições federais, 126 campi no interior, 38 institutos federais, 140 unidades de educação profissional e 587 polos de apoio para ensino à distância. Também testemunhamos o ingresso de 800 mil jovens em instituições de ensino superior, através do Prouni (Programa Universidade Para Todos). Todas essas conquistas e a necessidade de continuarmos consolidando e avançando na melhoria da educação brasileira só fortalecem os ideais daqueles que lutam, diariamente, por uma educação pública de qualidade.

Com esse sentimento, o Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) discutiu e aprovou, por unanimidade, proposição de minha autoria para manifestar a certeza de que a Presidenta da República, a Ministra do Planejamento Orçamento e Gestão, o Congresso Nacional e a sociedade brasileira não permitirão que venham a ocorrer cortes ou contingenciamentos nos orçamentos das áreas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação e de que os compromissos assumidos pelo Governo Federal serão integralmente cumpridos.

A proposição, aprovada na íntegra em reunião no dia 24 de fevereiro, reforça a convicção na ampliação, pela Presidenta, Ministros, Governadores de Estados e Prefeitos, dos recursos destinados à educação pública, ainda nesse ano de 2011, considerando sua dimensão estratégica para o desenvolvimento nacional. A continuidade das políticas de crescimento das universidades federais, como preconiza o senhor Ministro da Educação, permitirá avanços reais visando à superação do hiato de cobertura educacional do qual é vítima a juventude brasileira.

A posição pública manifesta concretamente a preocupação que o Brasil continue avançando, sem vacilos ou cochilos, para termos uma nação com mais justiça social, desenvolvimento e altivez perante o mundo. Essa é uma luta e uma confiança que deve ser de todos.


*Reitor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG)