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A recente aprovação da lei municipal de microempresas de Alegrete também já contempla o Pampatec, com um capítulo que determina tratamento especial para as empresas incubadas e em parques tecnológicos.
Com base nos estudos realizados dentro dos laboratórios da instituição e oferecendo vantagens como a redução de riscos que afetam as empresas com pouco tempo de operação, o parque vem para dar forte ânimo para o nascimento de novas empresas e negócios inovadores – o que significa, consequentemente, mais trabalho, mais valor agregado aos produtos locais e mais circulação de renda.
- O PampaTec será um ambiente criado pela UNIPAMPA para que as pesquisas realizadas na Universidade se tornem negócios na iniciativa privada – sintetiza Émerson.
Renovação e ampliação da economia
O coordenador adianta que, embora o primeiro centro do PampaTec esteja em Alegrete, os planos são de estabelecer estruturas e serviços do Parque nos demais campi da universidade, conforme o interesse demonstrado pela comunidade acadêmica e pelo ambiente empresarial de cada uma das demais cidades.
As possibilidades de empreendimentos que podem ser criadas no PampaTec são várias, considerando o papel da universidade como fomentadora da diversificação da matriz produtiva. Exemplificando o potencial de desenvolvimento, através dos cursos que a instituição oferece em Alegrete, todos da área tecnológica, os empreendedores terão respaldo científico para criar novos produtos e serviços, ligados ou não ao setor da agropecuária. E o setor primário pode ganhar muito com o reforço do PampaTec:
- Com o apoio dos cursos de graduação e de mestrado do Campus Alegrete, que tem foco nas Engenharias e na Computação, é possível criar muitos bens e serviços valiosos. Dou alguns exemplos: a inovação e melhorias de máquinas e implementos agrícolas já fabricados em Alegrete; pesquisas na área de geração de energia, tanto a partir da biomassa quanto de combustíveis fósseis; pesquisas na área de logística e distribuição de cargas, ligadas ao porto seco e demais translados de fronteira e desenvolvimento de software para o agronegócio – enumera Émerson.
Como participar?
O coordenador do PampaTec conta que as estruturas que serão construídas na área do Campus Alegrete incluirão espaço físico e suporte administrativo para empresas já atuantes no mercado e que tenham projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou melhoria de processos.
- A empresa interessada apresentará seu projeto, o qual deverá estar alinhado com as linhas de pesquisa dos cursos aqui existentes. O projeto será avaliado por um comitê formado por representantes do Governo Federal, Governo do Estado do RS, da Prefeitura Municipal, de Instituições de Ensino e Pesquisa, de Entidades Privadas Representativas do Setor Produtivo – explica Émerson.
A partir da conclusão das obras de construção dos espaços físicos, serão lançados editais divulgando as vagas e as linhas de pesquisa disponíveis para os contratos. Além disso, diz Émerson, se uma empresa tem interesse de construir seu próprio espaço, serão disponibilizados terrenos, desde que sejam utilizados em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Para acomodar empresas na incubadora e no Parque, lotes do condomínio empresarial serão alugados, sempre de acordo com regras constantes do futuro edital. Émerson adianta que os valores cobrados das empresas serão muito abaixo dos preços praticados no mercado de imóveis. Além dessa facilidade, o PampaTec vai oferecer serviços de acesso à Internet, salas de reunião, cursos de capacitação e a possibilidade de participar de editais federais ou estaduais, exclusivos para empresas incubadas.
As parcerias entre empreendedores, pesquisadores e o Parque serão firmadas através de contratos com regras que definirão claramente as obrigações e direitos das partes, principalmente em relação aos recursos financeiros gerados pelos direitos autorais sobre os resultados das pesquisas, tais como software e patentes de produtos. Os recursos financeiros e os direitos autorais serão divididos entre os desenvolvedores e o PampaTec, que assim obterá recursos para reinvestir em novos projetos, tornando-se autossustentável. O coordenador ressalta a segurança jurídica como mais uma vantagem para os empreendedores que participarem do parque.
Assessoria de Comunicação Social - Campus São Borja
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA