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studentsQuem são os estudantes das universidades federais brasileiras? Essa é a pergunta que o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários (Fonaprace) quer responder até o dia 5 de dezembro. Vinte mil estudantes de instituições federais de ensino superior de todo o país foram selecionados para responder a pesquisa. Na Universidade de Brasília, são 416. Essa é a terceira edição da pesquisa, coordenada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), que tem como propósito conhecer o perfil dos alunos universitários para definir e implementar políticas de assistência estudantil.
Os organizadores do estudo querem saber qual a idade e a faixa de renda dos estudantes, de onde vieram antes de ingressar na universidade, que tipo de transporte usam para chegar até o campus, se trabalham e quais são seus hábitos de lazer e cultura. Querem descobrir também informações sobre o grau de instrução dos pais dos alunos, medir o percentual de estudantes que são casados ou que têm filhos, além de outras informações sobre o cotidiano nas universidades. O estudo é financiado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), com R$ 270 mil.

“As duas primeiras edições da pesquisa quebraram mitos, como o de que as universidades eram majoritariamente ocupadas por alunos das classes A e B”, explica a decana de Assuntos Comunitários da Universidade de Brasília, Rachel Nunes, que coordenou a Fonaprace até outubro deste ano. “A descoberta de que a presença de classes desfavorecidas nas universidades era maior do que se pensava ajudou a impulsionar políticas de assistência estudantil”, lembra.

A última pesquisa, realizada em 2003, quando foram ouvidos 34 mil alunos de 47 instituições federais de ensino superior, revelou que 65% dos estudantes pertenciam à famílias com renda mensal de R$ 207 a R$ 2,8 mil. Desse percentual, 43% tinham renda máxima de R$ 927. “De lá para cá, o cenário das universidades se transformou e temos a necessidade de atualizar essas informações”, destaca Rachel. A decana explica que as políticas de expansão e reestruturação das universidades federais ampliaram a necessidade de novos projetos de assistência estudantil. “Com a abertura de novos cursos e a adoção do Enem, como forma de ingresso, por muitas universidades, certamente temos um número maior de estudantes que precisam desse tipo de auxílio”.

A coordenadora geral do Diretório Central de Estudantes (DCE), Mel Gallo, destaca a importância da pesquisa para a assistência estudantil. “A gente sabe que tem uma parcela grande de estudantes que precisam dessas políticas”, afirma. Para ela, a pesquisa possibilitará “um diagnóstico mais próximo da realidade de quem é o estudante da UnB”.

PRAZO CURTO – A pesquisa é feita pela internet. Cada um dos 416 estudantes selecionados na UnB recebeu e-mail informando sobre a pesquisa. Na mensagem, ele recebe ainda uma senha e um login para acessar, preencher e enviar o questionário. Mas a decana de Assuntos Comunitários destaca que o ritmo de entrega dos questionários preenchdiso está lento. "Faltam só duas semanas para o encerramento do prazo e não conseguimos ainda cumprir metade da nossa meta”, alerta.

Marcelo Tavares, professor do Departamento de Psicologia da UnB e coordenador local da pesquisa, afirma que o sistema de preechimento é confiável. “Depois que os estudantes recebem a senha e o login, o sistema bloqueia e ninguém consegue mais saber quem forneceu os dados”. O professor destaca a importância do comprometimento com a pesquisa. “O estudante tem que ter consciência de que se ele não precisa de assistência, o colega dele precisa”, afirma.

Rafael Morais, assessor de Juventude da Reitoria, destaca a importância da pesquisa para o desenvolvimento das políticas de atendimento aos estudantes. “Esses estudos sempre foram um pilar de legitimidade para todos que lutam pela assistência estudantil”, declara, ressaltando a colaboração da pesquisa na criação do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Criado em 2007 por Portaria do Ministério de Educação, o plano apóia a permanência de estudantes de baixa renda nas universidades federais. Para isso, oferece ajuda em questões como moradia estudantil, alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico.

SERVIÇO

Os estudantes que receberam os e-mails devem preencher o formulário aqui. Dúvidas podem ser retiradas pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

UnB Agência