A Semana Universitária 2010 poderia se chamar Semana de superação. O sentimento de dever cumprido com o encerramento do maior evento acadêmico da Universidade de Brasília, nesta sexta-feira, 12 de novembro, tomou conta de professores, técnicos e estudantes após cinco dias de intensas atividades nos quatro campi da instituição. Ao todo, 17 mil pessoas participaram das oficinas, palestras, congressos, festivais e debates da programação. Quinze mil só nas cerca de 600 atividades da 10ª edição da Semana de Extensão. “Cumprimos nossa missão, mesmo com todas as dificuldades", comemorou o decano de Extensão, Oviromar Flores.
Para ele, a maior dificuldade foi planejar o evento durante a longa greve dos servidores que paralisou parte da universidade por seis meses.
O campus de Ceilândia foi um dos exemplos de superação. Pela segunda vez consecutiva, a unidade recebeu a premiação como o campi que mais ofereceu atividades durante a semana. Foram 39 opções em 2009 e quase 80 este ano. Um crescimento de 100%. “Ceilândia tem a forte participação da comunidade e dos professores”, conta a coordenadora de Extensão, professora Flávia Mazitelli.
O 16º Congresso de Iniciação Científica da UnB e do 7º Congresso de Iniciação Científica do DF também se destacaram. Cerca de 1.100 trabalhos de estudantes de diversas instituições de ensino superior mudaram a rotina de quem passou pelos corredores da UnB nos últimos dias. “Foi um sucesso”, disse o professor Mário César Ferreira, coordenador do Programa de Iniciação Científica, destacando a presença de pesquisadores do CNPq e de outras instituições de ensino público como avaliadores.
A semana ainda contou com outros eventos, como o Festival Universitário de Música Candanga (Finca) e a I Semana Comunitária. “Houve um trabalho integrado de quatro decanatos e a intensa colaboração da comunidade interna e externa, principalmente dos outros campi”, parabenizou o professor Oviromar Flores. Segundo o decano, os preparativos para edição 2011 da Semana Universitária começam imediatamente.
DESAFIOS – Para o próximo ano, alguns obstáculos que impediram um brilho maior da Semana Universitária terão de ser superados. O principal deles, na opinião de Oviromar, é a não liberação dos estudantes durante o período de atividades. “Mesmo com a orientação da administração, muitos docentes não interromperam as aulas e não liberaram os alunos para participar das atividades", completou o professor.
Outros desafios para a versão 2011 é o investimento para aprimorar a qualidade das atividades oferecidas e ampliar a captação de recursos. “Vamos redistribuir melhor as funções no âmbito da Semana Universitária e buscar uma maior integração tanto entre as atividades oferecidas como entre os campi”, observou Oviromar, adiantando que a atual estrutura – de reunir diversos eventos em uma única semana – será mantida.
UnB Agência
