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A associação classificou os trabalhos defendidos em 2009 de 13 instituições de ensino superior de todo o país. Entre as 26 dissertações e 12 teses concorrentes, foram avaliados a relevância do tema para a ciência da informação, a profundidade da discussão teórica e outros critérios.
Orientada pela professora Silvana Aparecida Borsetti Gregorio Vidotti, Elizabeth desenvolveu uma pesquisa bibliográfica e qualitativa sobre aspectos relativos à internet colaborativa e à legislação referente ao direito autoral. As páginas com conteúdo colaborativo podem ser blogs e os websites de troca de imagens e vídeos, como Flickr e YouTube.
Na dissertação premiada “Informação na Web Colaborativa: um olhar para o direito autoral e as alternativas emergentes”, a mestre também discute criação, recriação, uso, reuso, compartilhamento e disseminação de conteúdo intelectual sob a regulamentação de leis estabelecidas para um outro contexto. “É preciso abordar o tema em uma perspectiva mais ampla, para superar o descompasso entre o que a tecnologia propicia e o que a lei estabelece quanto a produção intelectual”, diz Elizabeth.
Ela apresenta ainda alternativas emergentes, como as licenças Creative Commons. Essa fórmula permite que os usuários possam também se tornar apropriadores e criadores de conteúdo intelectual sob condições legais.
Já a tese "Peirce e a organização da informação: contribuições teóricas da Semiótica e do Pragmatismo", de Almeida, busca referências teóricas nos conceitos filosóficos propostos por Charles Peirce (1839-1914) para a organização da informação, nos eixos da representação do conhecimento e no processo de análise da informação para a recuperação da informação. Ele foi orientado pelo professor José Augusto Chaves Guimarães. “Com o trabalho, procurou-se chamar a atenção da área para as abordagens de Peirce sobre a teoria da linguagem, base conceitual fundamental para a organização da informação em quaisquer sistemas”, salienta Almeida.
Para a professora Silvana, que coordena o programa, o resultado do prêmio atesta o trabalho de qualidade científica desenvolvido pelo PPGCI. “Ele é considerado o melhor programa de sua área no Brasil, com avaliação de conceito 6 pela Comissão de Área na CAPES.”
Assessoria de Comunicação e Imprensa Unesp