De acordo com Claudio Struck, diretor do escritório brasileiro, a ideia é incentivar a cooperação científica entre a Alemanha e a América Latina, com foco principal no Brasil.
“A escolha do Brasil se deu porque o país vem crescendo em importância global em vários aspectos, com destaque para a área científica. O escritório tem a finalidade de atrair estudantes de graduação e pesquisadores do país para a FU Berlin, facilitar a colaboração científica e desenvolver instrumentos adequados de cooperação para o intercâmbio acadêmico”, disse à Agência FAPESP .
A Freie Universität Berlin mantém escritórios em cidades como Nova York (Estados Unidos), Pequim (China), Nova Déli (Índia), Moscou (Rússia), Bruxelas (Bélgica) e Cairo (Egito). Segundo Struck, o intercâmbio pretende também qualificar a universidade alemã ao atrair pesquisadores de alto nível.
“Temos alguns convênios com a Universidade de São Paulo para estudantes de graduação e queremos ampliar para outras universidades paulistas, como a Universidade Estadual de Campinas e Universidade Estadual Paulista, entre outras”, disse.
Segundo ele, as áreas estratégicas a serem exploradas dependem de cada país, mas, em geral, os escritórios são abertos a todas as áreas de excelência das universidades. No Brasil, afirma, existe por parte da universidade alemã um interesse pelas áreas ligadas às humanidades, em particular às ciências sociais e cultura.
“Temos na Freie Universität Berlin um Instituto de Estudos Latino-Americanos que é o mais importante na Alemanha. Trata-se de um projeto interdisciplinar com a participação de vários institutos e departamentos da universidade com foco no Brasil e América Latina”, explicou.
De acordo com Struck, há também interesse em explorar temas ligados à biodiversidade. “Em Berlim, temos um centro de pesquisa em plantas e a cooperação com o Brasil nessa área pode nos ajudar muito. Temos interesse também nas áreas de química e biotecnologia”, indicou.
Na Alemanha, há mais de 370 institutos de educação superior, sendo 110 universidades, 189 universidades de ciências aplicadas, 51 faculdades de humanidades, 30 faculdades de administração pública, 14 faculdades de teologia e seis faculdades de educação. A maior parte dos institutos de educação superior são públicos.
Em Berlim, há três grandes universidades. A Freie Universität é a maior delas e suas áreas estão concentradas em humanidades, ciências sociais e em saúde e ciências naturais. A Universidade Técnica (Technische Universität) oferece cursos de engenharia e arquitetura e a Humboldt Universität atua em ciências humanas, ciências sociais e medicina.
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Agência FAPESP