O prêmio foi dado no 59º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, realizado entre os dias 3 e 6 de setembro, no Rio de Janeiro. Para concorrer, Leonardo teve que ocultar o seu nome e de seus colaboradores, de autores utilizados para desenvolver a pesquisa e da Universidade de Brasília. “Nenhuma dissertação ou tese poderia ter identificação. O prêmio é realmente um reconhecimento da melhor pesquisa da área. Fico feliz pelo mérito”, disse o pesquisador. Ele recebeu R$ 3 mil e já destinou metade do dinheiro para o estudo de doutorado.
A dissertação Efeitos do Pneumoperitônio com Dióxido de Carbono na Cicatrização de Anastomoses Colônicas: estudo experimental em ratos foi orientada pelo professor João Batista, vice-reitor da UnB.
METODOLOGIA - Leonardo realizou testes em 120 ratos da linhagem wistar. Todos tinham aproximadamente 90 dias de vida e peso de 312 a 430 gramas. Eles foram distribuídos em quatro grupos de 30 animais. Apenas um grupo não recebeu o CO2 para realizar a cirurgia.
Após o procedimento, o pesquisador submeteu os ratos à eutanásia. Foram divididos em 40 ratos mortos no terceiro dia após a cirurgia, 40 no sétimo dia e 40 no décimo quarto dia pós-operatório. Ele verificou como os ratos reagiram nas fases de cicatrização.
Ratos e humanos passam por três fases de cicatrização. A primeira é a fase inflamatória aguda, que acontece nos quatro primeiros dias. A próxima fase a cicatrização começa a evoluir, acontece de três a 14 dias depois da operação. A última, quando o colágeno começa a unir o corte, pode levar até 180 dias. “Verifiquei como foi a evolução da cicatrização nesses períodos. Ocorreu tudo dentro do esperado”, disse.
UnB Agência