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unb_logoPesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília ganhou o Prêmio Pitanga Santos 2010 de melhor estudo em Proctologia do país, concedido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Leonardo Durães comprovou que injetar dióxido de carbono (CO2) para expandir o abdome não prejudica a cicatrização do intestino grosso em cirurgias de retirada de câncer. “É uma técnica aplicada desde 2004 para cirurgias de câncer com câmeras. A complicação mais temida nessa cirurgia é comprometer a cicatrização do local operado. O resultado mostrou que isso não acontece”, afirma o pesquisador.
O prêmio foi dado no 59º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, realizado entre os dias 3 e 6 de setembro, no Rio de Janeiro. Para concorrer, Leonardo teve que ocultar o seu nome e de seus colaboradores, de autores utilizados para desenvolver a pesquisa e da Universidade de Brasília. “Nenhuma dissertação ou tese poderia ter identificação. O prêmio é realmente um reconhecimento da melhor pesquisa da área. Fico feliz pelo mérito”, disse o pesquisador. Ele recebeu R$ 3 mil e já destinou metade do dinheiro para o estudo de doutorado.

A dissertação Efeitos do Pneumoperitônio com Dióxido de Carbono na Cicatrização de Anastomoses Colônicas: estudo experimental em ratos foi orientada pelo professor João Batista, vice-reitor da UnB.

METODOLOGIA - Leonardo realizou testes em 120 ratos da linhagem wistar. Todos tinham aproximadamente 90 dias de vida e peso de 312 a 430 gramas. Eles foram distribuídos em quatro grupos de 30 animais. Apenas um grupo não recebeu o CO2 para realizar a cirurgia.

Após o procedimento, o pesquisador submeteu os ratos à eutanásia. Foram divididos em 40 ratos mortos no terceiro dia após a cirurgia, 40 no sétimo dia e 40 no décimo quarto dia pós-operatório. Ele verificou como os ratos reagiram nas fases de cicatrização.

Ratos e humanos passam por três fases de cicatrização. A primeira é a fase inflamatória aguda, que acontece nos quatro primeiros dias. A próxima fase a cicatrização começa a evoluir, acontece de três a 14 dias depois da operação. A última, quando o colágeno começa a unir o corte, pode levar até 180 dias. “Verifiquei como foi a evolução da cicatrização nesses períodos. Ocorreu tudo dentro do esperado”, disse.

UnB Agência