A Universidade Guarulhos (UnG) completou nesta quinta-feira, 12 de agosto, 40 anos de sua fundação. Uma cerimônia reunindo cerca de 800 pessoas, entre autoridades, personalidades, ex-reitores, professores, funcionários e estudantes da Instituição, marcou a comemoração da data. O evento foi comandado pela socialite guarulhense Sonia Lago e pelo apresentador da Otávio Mesquita (Band), que teve passagem como estudante pelo Colégio Claretiano de Guarulhos, instituição que deu origem à Universidade Guarulhos. “Para mim, é muito emocionante rever pessoas e imagens que remetem à minha infância. Fico muito feliz por participar dessa festa”, disse Otávio.
Após os hinos Nacional e de Guarulhos, tocados pela Banda da Base Aérea de São Paulo, a reitora da UnG, profa. Dumara Sameshima, abriu oficialmente a cerimônia. Formada em Matemática pela Faculdade Farias Brito, ela falou emocionada da sua trajetória na Instituição. “A UnG significa a realização dos meus sonhos. Costumo dizer que o sonho daqueles jovens educadores, na década de 70, viabilizou a realização dos meus”. Dumara homenageou o chanceler da Universidade, prof. Antonio Veronezi, com a outorga do título de Professor Honoris Causa e entrega de placa alusiva. “Não tinha ideia de que isso iria acontecer. Agradeço o apoio de todos nessa trajetória de quatro décadas. Podem ter a certeza de que esse título irá ficar no lugar mais alto que o meu coração puder colocá-lo”, disse.
Um vídeo mostrou a trajetória da Instituição, desde a sua fundação, em 12 de agosto de 1970, até sua transformação em Universidade, em 1986, e expansão. As autoridades convidadas para compor a mesa solene falaram em homenagem à UnG. Entre elas, o senador João Faustino Ferreira Neto (PSDB-RN), o chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo, Luis Antonio Guimarães Marrey, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), a deputada federal Janete Pietá (PT), o Comandante da Base Aérea de São Paulo, Coronel Celso de Araújo, o presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad, o presidente do Fórum das Entidades de Ensino Superior e da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), prof. Gabriel Mário Rodrigues, o vice-presidente da ABMES, prof. Antonio Carbonari Neto, o presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), prof. Abib Cury, o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), prof. Hermes Ferreira Figueiredo, o vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimento de Ensino (Confenen) e presidente da Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), prof. Paulo Cardim, o presidente da OAB de Guarulhos, dr. Fábio de Souza, e o ex-reitor da UnG, prof. Valmor Bolan.
O chanceler da UnG, prof. Antonio Veronezi, retribuiu as palavras dos convidados e o apoio deles à história da Instituição laureando-os com placas. “Essas quatro décadas de história não foi escrita apenas por mim e pelos outros cinco educadores que, em 1969, abraçaram o projeto. Elas tiveram importante colaboração de vocês, amigos”, afirmou Veronezi.O chanceler – o único dos seis sócios fundadores da Farias Brito que continua à frente da Instituição – aproveitou a ocasião para nomear seu filho, Victor Poli Veronezi, como vice-chanceler da UnG. “Sempre disse para a minha família que queria um dos meus filhos dando seguimento a esse trabalho. A obra tem que continuar. Para isso, é preciso sangue novo”, declarou o prof. Antonio Veronezi.
Ainda sobre o futuro da Universidade, ele disse que pretende investir mais na responsabilidade social, visando aumentar o número de atendimentos sociais, hoje em 200 mil anuais. “Quero trabalhar no sentido de disponibilizar ainda mais a estrutura da Universidade à comunidade”.
Diversas autoridades enviaram cumprimentos à UnG parabenizando-a pelos seus 40 anos. Entre as quais o ministro da Educação, Fernando Haddad, os senadores Jorge Bornhausen (DEM), Renan Calheiros (PMDB) e Marisa Serrano (PSDB), o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da OAB-SP, dr. Luiz Flávio D’urso, e o candidato ao governo do Estado, Geraldo Alckmin. História
A Instituição, uma das maiores e mais respeitadas do país, é fruto de uma aposta audaciosa de seis educadores, que em 1969 arrendaram o Colégio Claretiano de Guarulhos, escola confessional que entrara em crise no final da década de 60.
Após estabilizar o colégio, o grupo deu entrada no Conselho Federal de Educação a um pedido de autorização para o funcionamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Farias Brito. Em 12 de agosto de 1970, o Ministério da Educação assina o Decreto autorizando a abertura da Instituição com a oferta de cinco cursos: Pedagogia, Letras, Matemática, Estudos Sociais e Ciências Físicas e Biológicas. Em 30 de agosto do mesmo ano, a Faculdade promove o primeiro vestibular da sua história.
Com turmas nos períodos da manhã e da noite, as atividades acadêmicas dos primeiros semestres das graduações iniciaram no dia 21 de setembro de 1970, com a freqüência de 911 alunos. As aulas eram ministradas no mesmo prédio onde funcionava o Colégio Claretiano – já chamado, também, de Farias Brito. As estruturas eram simples: salas de aula, biblioteca e um pequeno laboratório de Física e Química. O ensino, contudo, contemporâneo. Com clareza de interesses e objetivos, os educadores que compunham a administração da Faculdade selecionaram professores com ótima formação e referência para compor o corpo docente da Instituição.
Foram os momentos iniciais de um processo irreversível, reveladores da vocação da Faculdade, sobretudo a maior delas: a de formar profissionais capacitados, preparados ética e tecnicamente para um mercado de trabalho exigente e disputado.
A Farias Brito caminhou a passos largos. Em pouco tempo construiu um complexo educacional em Guarulhos, aumentou a oferta de cursos e incluiu a pesquisa como base de sua educação. Em 1982, a Faculdade é transformada em Centros Integrados de Ensino Superior Farias Brito e, em 1986, é reconhecida como Universidade Guarulhos.
Após 40 anos e muito trabalho e esforço, surgiram novas circunstâncias e horizontes. Foi preciso adaptar-se à modernidade dos processos e métodos. No contexto da globalização, adotou uma visão mais crítica e experimentada, mas nunca deixou de lado a orientação de seus fundadores, especialmente no que se refere à qualidade de sua educação.
Para atender e formar seus 20 mil alunos, a UnG conta hoje com mais de mil docentes e funcionários, cinco campi, 108 laboratórios, seis clínicas de atendimento à comunidade (Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Fonoaudiologia, Nutrição e Fisioterapia), Hospital Veterinário, Laboratório de Análises Clínicas, Escritório de Assistência Jurídica, Escritório Modelo de Arquitetura, mais de 50 cursos entre graduação convencional e tecnológica, dezenas de opções de cursos de especialização e MBA, três programas de mestrado e um doutorado recomendados pela Capes/MEC.
Comprometida, desde o momento de sua fundação, com a população da região que a acolhe, a Universidade Guarulhos, valendo-se de seus recursos humanos e materiais e das competências que adquiriu ao longo de sua história, desenvolve uma ampla política de responsabilidade socioambiental. Com suas clínicas e suas unidades de serviço especializadas, atende às camadas mais desvalidas da população local e regional, oferecendo serviços de apoio à saúde, de lazer e de assistência na área jurídica. Com seus laboratórios e seus especialistas, serve à comunidade ao desenvolver por si e em parcerias com os poderes públicos e empresas, uma ampla gama de projetos voltados à recuperação e à preservação do meio ambiente.
Universidade Guarulhos - UnG
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