A Universidade de Brasília alcançou as metas propostas pelo Reuni em 2009. Foram gastos R$ 39,6 milhões em 20 obras e na compra de equipamentos. Duzentos e cinquenta novos professores foram contratados, 22 deles para atuar nos campi avançados de Planaltina e Ceilândia. Mais de 6 mil alunos ingressaram na Universidade. “A UnB está conseguindo cumprir todas metas de expansão. Em 2010, todas as metas de vagas também serão batidas. Estamos fortemente empenhados na restruturação acadêmica”, afirmou Márcia Abrahão, decana de Graduação. Ela apresentou o relatório do Reuni 2009 durante reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE), nesta quinta-feira, 5 de agosto.
A decana afirmou que o número de doutores no corpo docente da UnB cresceu com a ampliação. “Em 2007, um ano antes da expansão, a UnB tinha 1.349 docentes, sendo 1.115 doutores, ou seja, 82,65% do total. No fim de 2009, eram 1.832 professores, 84,4% deles como doutores”, disse.
MAIS ALUNOS - A oferta de vagas nos cursos de graduação também cresceu. A meta era disponibilizar 6.072 vagas. A UnB ofereceu 6.082, sendo 2.728 no primeiro semestre de 2009 e 3.354 no segundo. As vagas ociosas foram reaproveitadas por meio de transferência facultativa. Houve acréscimo de quase 150% de aproveitamento dessas vagas em relação a 2008. “No entanto, a maior parte das vagas ofertadas não foram preenchidas. Uma das razões é a evasão em cursos com baixa demanda”, expicou Márcia.
A quantidade de servidores técnico-administrativos também aumentou. Em dezembro de 2009 foram nomeados 156 profissionais de nível superior e 49 de ensino médio. Assim como no primeiro relatório, foi apontado que há carência generalizada de servidores na Universidade. O relatório aponta que diversas unidades acadêmicas funcionam com o apoio de estagiários e terceirizados. “Muitos dos técnicos nomeados não assumiram o cargo. Outros assumiram e já pediram exoneração em função dos baixos salários recebidos”, diz o documento.
Os maiores gastos com equipamentos foram para compra de máquinas de processamento de dados, R$ 4,62 milhões. A compra de mobiliário vem logo depois, com R$ 3,28 milhões gastos. Os valores não executados em 2009 serão usados em 2010. “Sempre há projetos que falham no meio do caminho, mas os recursos serão aproveitados”, garante a decana.
MUDANÇA DE CURSO - Na reunião desta quinta, o CEPE também decidiu que a nota do vestibular não é mais critério para troca de curso na UnB. Foi aprovada uma resolução que permite que alunos mudem de curso por meio de novos critérios. Entre eles, a obtenção de pelo menos 16 créditos em disciplinas do curso pretendido. Pela norma anterior, o aluno precisava ter alcançado no vestibular a nota de corte do curso pretendido.
Na nova regra, os alunos que querem fazer a troca terão seu histórico escolar analisado. Eles precisam ter no mínimo três pontos na média ponderada das menções obtidas nas disciplinas obrigatórias e optativas do curso pretendido.
Caso o estudante queira migrar para um curso que possua prova de habilidade específica, ele precisa fazer o exame. Os estudantes que entraram na UnB por meio de convênio, acordo cultural, matrícula de cortesia diplomática, transferência obrigatória ou optativa ou duplo curso não poderão fazer a troca.
UnB Agência
