Em 15 estados as escolas da rede federal ficaram em primeiro lugar entre as instituições públicas. No Rio Grande do Norte e Ceará, os institutos federais ficaram na frente inclusive das privadas. Estes resultados são frutos de várias iniciativas, como qualificação de professores e técnico-administrativos, infra-estrutura invejável, projeto pedagógico sólido e plano de carreira.
Na fórmula de sucesso da rede federal de educação profissional prevalece o óbvio. A oferta de cursos é feita com base no arranjo produtivo local, fato que garante a empregabilidade de 72% dos técnicos formados, segundo pesquisa do MEC. Os professores, quando se qualificam, recebem aumento. Assim, a rede já conta com 52% de seus docentes titulados mestres ou doutores.
O ensino médio integrado à formação profissional traz perspectiva para o jovem. Apesar dos avanços conquistados na ampliação do acesso ao ensino superior, a maioria da juventude não chega a se graduar. Isto reforça ainda mais a importância de aliar o ensino médio a uma qualificação.
Nos institutos federais, o mesmo professor que dá aulas para o ensino médio também atua com alunos de cursos superiores. Os laboratórios também são compartilhados. Na convivência diária com alunos e professores da graduação, o estudante de nível médio amplia seus horizontes. Na mesma escola em que cursa o nível médio, ele pode seguir até a pós-graduação. Tudo isso, diga-se de passagem, a um custo menor do que o das escolas particulares. Por ano, cada aluno da rede federal custa em média R$ 7 mil.
Há muito por fazer, mas os resultados do Enem 2009 por escola mostra que estamos no caminho certo e derruba, mais uma vez, o mito que não existe educação pública de qualidade.
*Secretário de educação profissional do MEC