A prova digital possui um banco de itens com diferentes níveis de dificuldade. Para cada questão de múltipla escolha é aceita apenas uma alternativa, sendo que as respostas corretas ou erradas indicarão o grau de dificuldade da próxima questão. Se o candidato acerta uma questão, um novo item mais difícil é apresentado. No caso de erro, o sistema seleciona um item mais fácil.
Ao final da prova, o programa emite o resultado do aluno avaliado. “Isso acontece quando o padrão de respostas do aluno se estabiliza”, explica Paula Fernandes, Gerente de Projetos em Tecnologias da Informação da Coordenadoria de Pesquisa e Avaliação do Cespe. No final da avaliação, o computador fornece o nível de conhecimento em que ele foi classificado, a nota, e dicas de estudo para aperfeiçoar os conhecimentos.
O sistema utilizado pelo Cespe é o Computadorized Adaptative Test (CAT). “O programa é usado com sucesso nos Estados Unidos em testes como o TOEFL – que também mede proeficiência em inglês”, explica Denise Costa, consultora em estatística da Coordenadoria de Pesquisa e Avaliação do centro. O programa foi desenvolvido a partir de pré-testes com as questões que serviram para classificar os níveis de dificuldade das questões. “As questões foram aplicadas previamente. A partir daí montamos um banco de itens”, conta Denise.
Segundo Paula, o CAT ainda poderá ser usado em outras disciplinas da Universidade como Cálculo 1 e 2. “Mas, primeiramente, vamos expandir o sistema para o teste de proeficiência em espanhol”, afirma Paula. Concursos maiores como o vestibular, contudo, precisarão esperar mais para ter o sistema incorporado. “É algo que ainda precisa ser estudado. No momento ainda não existe abertura para fazer pré-testes em concursos maiores”.
ALUNOS AVALIAM - Thiago Assunção, aluno do 6º semestre de Estatística, não conhecia o sistema. “Não sabia que a prova poderia ser interrompida antes. Achei que tinha havido algum problema”, conta. Thiago aprovou a flexibilidade de horários do novo sistema. “Antes precisávamos vir aqui no sábado, hoje temos muitos dias para escolher”.
Felipe Duarte, do 9º semestre de Agronomia, gostou da forma diferenciada de avaliação. “É mais rápido, não tem que ficar escrevendo. É bom porque já temos o resultado na hora”. Por outro lado, César Galvão, do 7º semestre de psicologia, achou o método muito limitado. “Estudei em uma escola bilíngüe e senti que outras habilidades fora a leitura não foram contempladas”, explica.
UnB Agência