Suas funções biológicas dependem de sua habilidade de ligação a outras moléculas, como ligantes (hormônios, vitaminas, etc), DNA e diversas proteínas correguladoras.
O projeto de mestrado será dedicado ao estudo estrutural do complexo formado entre o receptor de hormônios tireoidianos e proteínas correpressoras. Conforme relatado, mutações nestes receptores possuem afinidades a proteínas correpressoras modificadas, o que pode induzir ao desenvolvimento do câncer e o entendimento dos mecanismos de interação entre o receptor nativo e mutantes com proteínas correpressoras pode levar ao desenvolvimento de fármacos que impedem interações aberrantes.
O projeto de doutorado está relacionado ao estudo de mecanismos de repressão do receptor PPARγ, que podem levar a processos de resistência à insulina. Conforme já demonstrado, a resistência à insulina está diretamente relacionada ao desenvolvimento de diabetes e obesidade, doenças que atualmente tem extrema abrangência mundial. O entendimento bioquímico, biofísico, celular e em nível estrutural dos mecanismos de repressão deste receptor poderão levar ao desenvolvimento de fármacos mais eficazes no tratamento de diabetes, o que é de extrema importância, dado que os fármacos presentes no mercado atual, apresentam diversos efeitos colaterais.
Os dois projetos envolverão o desenvolvimento de técnicas bioquímicas, experimentos biofísicos (CD, AUC, DLS, eletroforese nativa, termoforese, anisotropia de fluorescência) e de biologia estrutural (cristalografia de raios-X). O treinamento apropriado será fornecido pela equipe do projeto.
Interessados nestas oportunidades devem enviar uma carta de intenções e o currículo lattes atualizado para Dra. Ana Carolina M Figueira (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e Dra. Albane le Maire (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). O processo seletivo deve ocorrer até junho de 2016 e o início do projeto está previsto para julho de 2016.
Sobre o LNBio
O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O LNBio dedica-se à pesquisa e inovação nas áreas de biotecnologia e à descoberta e desenvolvimento de fármacos contra doenças negligenciadas, câncer, doenças cardiovasculares, dentre outras enfermidades. Recentemente, o LNBio concluiu a instalação da Unidade de Descoberta e Desenvolvimento de Fármacos, uma plataforma de formatação única da América Latina, importante ferramenta para a tradução da pesquisa básica em biociências às demandas por novas moléculas e métodos terapêuticos. O Laboratório concentra competências, equipamentos de última geração e um time de pesquisadores de classe mundial voltados à realização de estudos multidisciplinares nas áreas de biologia estrutural, proteômica, genômica, metabolômica, triagens moleculares de alto desempenho, bioensaios, química medicinal, coleções de compostos orgânicos sintéticos e derivados de produtos naturais, cristalografia de proteínas, ressonância nuclear magnética, biofísica de proteínas e desenvolvimento de organismos geneticamente modificados. O LNBio é um dos Laboratórios Centrais da Rede Nacional de Métodos Alternativos (Renama) ao uso de animais, juntamente com o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).