Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
A Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise (SBMM) encerrou nesta quarta-feira (30) o curso de Microscopia Eletrônica, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), que faz parte da programação do II Simpósio de Microscopia na Amazônia (II SIMAZ). O objetivo do evento é divulgar o uso da microscopia eletrônica, capacitar pesquisadores e estudantes para utilizar novas técnicas em Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e microscopia óptica.
O curso no Inpa começou na última segunda-feira (28) e seguiu em período integral. Pela manhã, eram ministradas aulas teóricas e, à tarde, a parte prática. Cerca de 30 alunos participaram do curso ministrado por profissionais capacitados na área. Os alunos tiveram a oportunidade de aprender técnicas como preparo de amostras, utilização do microscópio e outros aspectos que envolvem a microscopia eletrônica.

De acordo com o vice-presidente da SBMM, Kildare Miranda, Manaus foi escolhida como sede do evento porque existe a intenção de montar um Centro de Microscopia na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), onde também ocorre parte da programação do II Simaz, que segue até esta sexta-feira (1º de agosto). “A micrologia é importante para a Amazônia em função do potencial da região, onde há várias espécies de seres vivos, e a aplicação da microscopia aos temas da Amazônia poderão auxiliar vários projetos de pesquisa”, disse Miranda

Segundo a pesquisadora do Laboratório Temático de Microscopia Ótica e Eletrônica do Inpa, Fabíola Valdez, o curso ajudou a “despertar o interesse das pessoas para a utilização dessas ferramentas que muita gente não conhece e quando conhece percebe que poderia utilizar no seu estudo”. Para Fabíola, a microscopia pode ser útil em várias áreas do conhecimento auxiliando a observar estruturas de animais, vegetais e outros seres vivo que não podem ser visto a olho nu.

“Tudo o que a gente faz em ciência, todas as descobertas, mesmo que não tenham aplicação imediata, elas contribuem para o incremento do conhecimento e no futuro para alguma melhoria”, contou Fabíola.

A pesquisadora do Inpa exemplifica contando que alguns pós-graduandos estão estudando aspectos relacionados à malária, outras pesquisas com doenças que tem a contribuição na descoberta de mecanismos e etapas do ciclo de vida de organismos que causam doenças, efeitos da poluição sobre os seres aquáticos.

“Outras pesquisas utilizam espermatozoides de boto e isso pode ter uma aplicabilidade na preservação da espécie. Então, tem vários estudos que às vezes a gente não enxerga uma aplicação imediata, mas que pode ter um desdobramento importante para a sociedade no futuro”, disse Fabíola.

O Simpósio

Além desse curso pré-congresso, o II Simpósio de Microscopia da Amazônia (Simaz) terá também mesas-redondas, apresentação de trabalhos e palestras. Essa parte de apresentações será realizada na UEA.

Como resultado, o simpósio também visa à divulgação da microscopia como ferramenta de pesquisa, a nucleação de novos grupos de pesquisa e a expansão dos já existentes, levando a melhoria da produtividade e o aumento do fator de impacto das publicações brasileiras, resultantes do uso da microscopia. As palestras terão início na noite desta quarta-feira, às 19h e prosseguirão até a sexta-feira (1° de agosto).

Por Camila Leonel - Ascom Inpa