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BRICSEducação profissional e tecnológica, educação superior e desenvolvimento de metodologias conjuntas para indicadores educacionais são os principais temas do encontro que, na próxima segunda-feira, 2, reunirá no Hotel Saint Peter, em Brasília, os ministros da Educação dos cinco países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O encontro deve avançar na discussão dos temas prioritários estabelecidos na primeira reunião de ministros da Educação e na 6ª Cúpula de Chefes de Estado do Brics, ocorrida em Fortaleza, em julho de 2014.

Para isso, o ministro da Educação do Brasil, Cid Gomes, e os vice-ministros da África do Sul, Mduduzi Manana; da China, Yubo Du; da Índia, Satyanarayan Mohanty, e da Rússia, Alexander Klimov, vão se debruçar sobre uma pauta que vai desde o desafio de integrar a juventude ao mercado de trabalho até a formação de uma rede de universidades dos países do Brics.

O estímulo à mobilidade acadêmica, com foco na pós-graduação, é um dos principais assuntos a serem debatidos, na medida em que os cinco países estão intensificando os processos de internacionalização da educação superior. Com o aumento do intercâmbio entre universidades e centros de pesquisa, será possível estabelecer redes de pesquisadores e desenvolver projetos conjuntos para a produção de conhecimento e ciência.

Os ministros vão discutir, ainda, os princípios básicos para a criação de uma rede universitária do Brics para servir de plataforma de desenvolvimento de talentos e cooperação acadêmica, além de prover apoio intelectual às grandes decisões do grupo relativas à política internacional e à economia, por meio de pesquisa conjunta.

Trabalho — A entrada dos jovens no mercado de trabalho é um problema vivenciado, em diferentes graus, pelos cinco países. Nesse contexto, os ministros vão estudar as possibilidades de estimular o financiamento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica, de modo a possibilitar aos estudantes a aquisição de habilidades essenciais à sua atuação profissional. Além disso, vão apreciar propostas de cooperação multilateral para fortalecer essa área.

Indicadores — Em parceria com os respectivos órgãos nacionais de estatística e de pesquisa e avaliação educacional, os cinco países pretendem construir metodologias conjuntas de indicadores educacionais para acompanhar a evolução das políticas educacionais e dar suporte à tomada de decisão pelos membros do Brics.

Ao final do encontro, às 17h30 da segunda-feira, os ministros assinarão a Declaração de Brasília, com as principais decisões do grupo e recomendações para ações futuras na área. “Apesar das diferenças nos sistemas educacionais dos países que integram o Brics, o desafio comum é a necessidade de responder às desigualdades de oportunidades e às incertezas da economia, especialmente no cenário global pós-crise”, afirma Aline Schleicher, assessora internacional do Ministério da Educação do Brasil.

Na terça-feira, 3, os ministros da Educação dos países do Brics voltam a se reunir, desta vez com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e Cultura (Unesco). Na ocasião, o diretor-geral assistente para educação da Unesco, Qian Tang, apresentará o estudo Educação e Competências no Brics – Prioridades para o Desenvolvimento Nacional e a Cooperação Internacional, desenvolvido pela agência sobre a educação nos cinco países do grupo.

Também serão discutidas as possibilidades de cooperação entre a Unesco e o Brics e questões relacionadas à elaboração das metas da Agenda Internacional de Educação pós-2015 e ao Fórum Mundial de Educação, que será realizado na cidade sul-coreana de Incheon, de 19 a 22 de maio próximo.

MEC Assessoria de Comunicação Social

Confira a programação do encontro em Brasília dos ministros da Educação de países do Brics