Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
A FAPESP sediou na quinta-feira (11/12) uma transmissão do evento TEDx PlaceDesNations, realizado pela organização não governamental Technology, Entertainment and Design (TED), dos Estados Unidos, em parceria com diversas agências da Organização das Nações Unidas (ONU). A programação do evento foi composta por conferências, proferidas – a partir de Genebra, na Suíça – por cientistas, urbanistas e empreendedores com sugestões para enfrentar problemas e questões globais, como o aumento da população das cidades, o surgimento de novas doenças e o uso de grandes volumes de dados digitais (big data).
Um dos conferencistas foi Bruce Aylward, diretor-geral assistente para Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) que coordenou uma iniciativa global para a erradicação da poliomielite e está liderando os esforços do órgão da ONU para combater o ebola.

O evento foi transmitido ao vivo por webcast para 22 cidades em cinco continentes. A transmissão para São Paulo teve o apoio do departamento de Relações Internacionais do Governo do Estado de São Paulo. Pesquisadores e representantes do governo estiveram na sede da FAPESP para acompanhar a transmissão.

“Os temas abordados pelos conferencistas no evento têm relação direta com muitos projetos apoiados pela FAPESP”, disse Hernan Chaimovich, coordenador dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) e assessor especial da diretoria científica da Fundação.

“No caso de big data, por exemplo, a FAPESP criou recentemente um programa de pesquisa em eScience que trata especialmente desse tema. Já em relação a cidades, a Fundação apoia um CEPID – o Centro de Estudos da Metrópole (CEM) –, voltado para a realização de estudos relacionados a esse tema”, listou.

Os temas abordados pelos conferencistas do evento integram os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU para suceder, a partir de 2015, os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, propostos no ano 2000.

A fim de implementá-los, o órgão internacional vem conduzindo um amplo debate e consultas aos governos nacionais sobre quais questões devem ser refletidas nos objetivos.

Com o intuito de participar dessas discussões, o Estado de São Paulo está desenvolvendo algumas parcerias com agências da ONU, informou Fernanda Cassiano, assessora de Cooperação Internacional do Governo do Estado.

“Apesar de não terem voz nas decisões da ONU, por não serem Estados nacionais, são os estados subnacionais, como São Paulo e os municípios, que desenvolvem as políticas públicas das nações. Por isso, temos realizado cada vez mais parcerias com agências da ONU”, disse Cassiano.

De acordo com ela, São Paulo lidera, com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), uma discussão no âmbito da América Latina e Caribe para apresentar propostas das metrópoles dos países dessas regiões para o desenvolvimento urbano sustentável na terceira Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), prevista para ocorrer em outubro de 2016 em São Paulo.

Na área ambiental, o Estado de São Paulo tem participado das Conferências da ONU sobre Mudanças Climáticas (COPs), realizadas anualmente, e das Conferências sobre Biodiversidade promovidas pela instituição internacional a cada dois anos, contou Ana Paula Fava, assessora internacional da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.

“Temos levado para essas conferências internacionais a experiência de São Paulo em questões relacionadas às mudanças climáticas, empreendedorismo e comunidades nativas que vivem em áreas transformadas em unidades de conservação”, disse Fava.

Agência FAPESP