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amazzoniaVocê conhece o processo histórico de colonização da Amazônia? Até hoje, resquícios do período colonial estão visíveis na região, tanto na arquitetura das antigas construções como nas características sociais, culturais e religiosas. Para compartilhar um pouco dos estudos sobre essa época de colonização, os discentes do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizam a “IV Jornada de Estudos Coloniais”, que acontece nesta quarta, 13, e quinta, 14, na instituição.
Programação - Um dos destaques da programação é a palestra de abertura "Pajés celebrando missa, ouvindo confissão e pregando a salvação: a ressignificação simbólico-ritual em aldeamentos jesuíticos na Amazônia Portuguesa", que começa às 16h, no Auditório Setorial Básico II. Com esse tema, o professor Karl Arenz, estudioso de fôlego do período colonial do Maranhão e Grão-Pará, propõe uma nova leitura da interação dos indígenas com o mundo europeu, fugindo um pouco da abordagem clássica sobre o processo de catequese dos indígenas por parte dos padres da Companhia de Jesus, os jesuítas.  

Segundo Raimundo Neto, um dos organizadores do evento, é interessante notar que, por um longo período, os atuais estados do Pará e do Maranhão (e outros mais da atual configuração territorial brasileira) formavam o antigo Estado do Maranhão e Grão-Pará, um estado independente do Brasil. Claramente, a Coroa Portuguesa teve os seus motivos para proceder tal divisão, o que, em grande medida, passa pelas especificidades da conquista, como a sua produção, a sua mão-de-obra, o seu caráter de fronteira etc.

Nova perspectiva - “Isso tudo engendra um debate novo, um debate nosso, que escapa aos esquemas explicativos pensados para outras possessões do vasto império português. É isso o que, já faz certo tempo, estamos desenvolvendo no programa de pós-graduação de história da UFPA. Assim, acredito que é de fundamental importância a participação da comunidade acadêmica no sentido de sociabilizarmos a nossa produção”, explica o discente da UFPA.

Ainda segundo Raimundo Neto, a Jornada nasceu da ideia de organizar um evento que congregasse os alunos que pesquisavam o período colonial. “O mais gratificante é ver que aqueles mesmos alunos de graduação, onde me incluo, hoje, estão no Programa de Pós-Graduação em História. Isso gerou uma inflexão: até a terceira jornada os palestrantes eram os docentes da Faculdade e do Programa. Hoje, devido ao nosso nível de especialização, tal responsabilidade passou aos discentes do Programa, embora os professores continuem participando”, finaliza o organizador da jornada.

Inscrições - As inscrições estão sendo realizadas em alguns pontos, como no Bloco B do campus básico da universidade. Também há uma equipe divulgando a jornada pelas faculdades particulares para que o público externo se inscreva e não restrinja os debates apenas no meio acadêmico da UFPA. Além disso, os interessados também poderão se inscrever no dia do evento. A taxa de inscrição é de R$ 5,00 e a carga horária do evento é de 15h.  

Serviço:
IV Jornada de Estudos Coloniais dos discentes do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da UFPA
Data: 13 e 14 de novembro
Programação completa com locais, datas e horários: http://goo.gl/78xfWF