Assim, além de outros grandes nomes da ciência mundial, o destaque vai para as participações, neste evento, dos americanos William Phillips e Eric Cornell, Prêmios Nobel da Física em 1997 e 2001, respectivamente, Dudley Herschbach (EUA), Prêmio Nobel da Química em 1986, e os Prêmios Nobel da Física, ano de 2012: o francês Serge Haroche e o americano David Wineland.
Com uma programação riquíssima, um dos grandes destaques deste evento vai para a Aula Especial que David Wineland dará no dia 1º de março, que constituirá uma réplica da Aula Nobel dada por esse cientista na Universidade de Estocolmo (Suécia), quando da outorga do Prêmio Nobel, onde acrescentará tópicos relativos ao trabalho e colaborações desenvolvidos ao longo do tempo com o Prof, Vanderlei Bagnato, docente e pesquisador do IFSC-USP.
Em entrevista feita por telefone, David Wineland referiu, com notória humildade, que o grande destaque de seu trabalho é medir e controlar os sistemas quânticos, um trabalho que, contudo, é igualmente a principal área de trabalho de muitos colegas que se encontram espalhados pelo mundo: daí que, para Wineland, o Prêmio Nobel conquistado em 2012 é um reconhecimento ao avanço que aconteceu nessa área correlata da física, graças ao trabalho e esforço de muita gente.
Wineland referiu que uma das particularidades - e beleza - deste trabalho é a existência da possibilidade de se realizarem experimentos de grande impacto, ao contrário do que fizeram os pioneiros da mecânica quântica, que, em sua época, apenas conseguiram observar ténues experiências: “Com esta fantástica evolução, os alunos conseguem agora aprender física e mecânica quântica, observando, em simultâneo, demonstrações reais dos princípios básicos desses temas, ao contrário de apenas assimilarem particularidades teóricas. No que se refere à aplicabilidade dos métodos, um dos bons exemplos que posso referir é o trabalho que fazemos no nosso grupo de pesquisa, relacionado com relógios atómicos, um trabalho que também é feito em diversos outros laboratórios existentes no mundo, que ajudará ao desenvolvimento dessa área de conhecimento, assim como de áreas correlatas. Claro que tudo isso é uma via de mão dupla e é certo que temos também muito a aprender com a pesquisa que é realizada no Brasil.”, referiu Wineland.
David Wineland fez questão de deixar uma mensagem para os físicos brasileiros – pesquisadores e alunos: “É extremamente importante estarmos sempre concentrados na descoberta de algo novo, onde, de forma indelével, possamos empregar todo o nosso esforço, empenho e entusiasmo. Claro que, ao longo do caminho que nos propomos trilhar, sempre haverá frustações e angústias, até porque é raro o resultado de um experimento dar certo na primeira tentativa. Por isso, é extremamente importante que gostemos do nosso projeto, que sintamos paixão por ele – começando, por exemplo, com a montagem do equipamento e a verificação de seu comportamento, fazendo, em simultâneo, todo o trabalho de pesquisa experimental e teórica no sentido de alcançar sucesso pleno em nosso objetivo científico”.
A inscrição para este evento poderá ser feita através do site http://cepof.ifsc.usp.br/symposium_kleppner/index.php
Assessoria de Comunicação
IFSC / USP