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Representantes das comunidades científicas e acadêmicas do Brasil e do Canadá participaram, nesta terça-feira (14/6), na cidade canadense de Ottawa, na província de Ontário, do Workshop “Promovendo a excelência na colaboração estratégica com o Brasil”. O evento foi aberto com o painel “Mecanismos existentes entre o Canadá e o Brasil: o que construir?”, que teve o objetivo de discutir como as universidades canadenses e brasileiras podem aproveitar os acordos e mecanismos atualmente existentes para incentivar o estreitamento das relações em matéria de ensino superior e pesquisa entre os dois países.
O painel teve a participação do diretor-presidente da FAPESP, Ricardo Renzo Brentani, do vice-ministro adjunto da Agricultura do Canadá, Jamshed Merchant, da pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marilza Vieira Cunha Rudge, da diretora de Relações Internacionais da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), Denise Neddermeyer, e do vice-diretor de Políticas e Planejamento da Diretoria de Educação Internacional e Juventude do Canadá, Claude Bibeau.

Um dos temas levantados no painel foi o acordo de cooperação científica e acadêmica assinado no dia 30 de março entre a FAPESP e as universidades de Toronto e de Western Ontario – ambas sediadas na província de Ontário.

O acordo tem o objetivo de promover e apoiar projetos de pesquisa envolvendo a colaboração entre pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado de São Paulo e de Ontário. O total investido na ação é de 200 mil dólares canadenses (cerca de R$ 330 mil). A FAPESP será responsável pela contribuição de 100 mil dólares canadenses e a outra metade será dividida entre as duas universidades.

“O acordo representa outra ação pela internacionalização da FAPESP. As universidades de Toronto e de Western Ontario fazem parte de um processo mais amplo que representa possibilidades de pesquisa em interação entre pesquisadores do Estado de São Paulo e dessas duas universidades”, disse Brentani à Agência FAPESP.

Segundo Brentani, o painel teve também o objetivo de discutir quais mecanismos ainda faltam para a colaboração entre Brasil e Canadá e quais as iniciativas que podem ajudar a preencher essas lacunas; como desenvolver novos mecanismos e como aumentar a escala dos atuais; e quais são as barreiras para esse aumento de escala.

De acordo com os organizadores do evento, o Canadá e o Brasil compartilham uma importante história de colaboração na área de educação, com 94 acordos de intercâmbio institucional já estabelecido entre universidades. Há, atualmente, cerca de 500 estudantes brasileiros matriculados em universidades canadenses.

No entanto, embora haja apoio para relações bilaterais, por meio de recursos dos governos dos dois países, com uma participação crescente do setor privado, acredita-se que ainda há espaço para uma colaboração bem mais profunda.

Além do painel que destacou as oportunidades de financiamento de pesquisa em parceria com o Brasil e os mecanismos de acordo entre as instituições de pesquisa dos dois países, o painel “Colaborar para obter sucesso” discutiu como as ligações entre universidades e o setor privado do Canadá e do Brasil podem responder às necessidades de formação e aproveitar as possibilidades de pesquisa e de intercâmbio entre estudantes.

O painel “Lições tiradas” debateu as lições que podem ser tiradas, pelas universidades canadenses, dos acordos de outros países com o Brasil. O painel “Colaboração relacionada à pesquisa e à inovação” discutiu estudos de caso realizados sobre colaborações de sucesso a respeito de pesquisa e inovação entre o Canadá e o Brasil.

Uma conferência apresentada por Kris Olds, da Universidade Wisconson-Madison (Estados Unidos), e por Leandro Tessler, diretor do Escritório de Relações Internacionais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), colocou em pauta o tema “Tendências mundiais em ensino superior e pesquisa: compreender o contexto atual”.

Na mesa-redonda “Estrategistas em comunicações”, especialistas em comunicação discutiram de que forma o Brasil é retratado pelas mídias canadenses e de que maneira a importância estratégica do Brasil pode ser veiculada de forma mais eficiente.

Agência FAPESP