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As relações entre patrimônio artístico e língua estão em discussão esta semana no VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte, promovido pela Universidade Federal do Pará, por meio da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (UFPA/Prointer). O encontro acontece até a próxima sexta-feira, 8, em vários espaços do Campus Básico da Universidade.
O Colóquio reúne especialistas em Arte, estudantes e professores do Brasil, de Portugal, da Itália e da África, numa programação que envolve palestras, mesas-redondas, recital de poesia, vídeos, exposição de pintura, entre outras atividades. Nesta quarta-feira, 6, duas mesas-redondas abriram discussão sobre os detalhes da arquitetura nas igrejas dos países lusófonos e sobre música como agregadora de elementos da mestiçagem em suas letras e melodias. Amanhã, 9, os debates serão sobre a arquitetura afro-brasileira e o panorama da Arte na África lusófona.

Na sexta-feira, 8, a programação estará voltada para a herança patrimonial do arquiteto italiano Antônio Landi, em Belém, e faz parte da 2ª Reunião do Fórum Landi, que acontece paralelamente ao Colóquio. “Este encontro é uma estratégia para dar visibilidade ao nosso patrimônio artístico entre importantes mestres e autoridades em Arte luso-brasileira”, enfatizou o pró-reitor de Relações Internacionais, Flávio Nassar, que, segundo ele, o objetivo maior é iniciar o projeto base para transformar a obra de Landi, na capital paraense, em Patrimônio Cultural da Humanidade.

Abertura - O reitor da UFPA, Carlos Maneschy, participou da sessão solene que abriu o evento na última segunda-feira, 4, e contou, ainda, com representantes brasileiros, portugueses, italianos e africanos. Dentre os pontos destacados pelos participantes, esteve a importância da integração entre os países de língua portuguesa, a preservação de bens históricos e a manutenção de eventos que ampliem a discussão sobre patrimônio histórico, artístico e cultural. “Esse é um momento pelo qual esperamos muito. Reunir tantos estudiosos em Belém, aqui, na UFPA, é uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos e até de geração de futuros trabalhos sobre o que será mostrado nas nossas conferências”, disse Flávio Nassar.

O primeiro dia do evento também foi de homenagens ao professor Benedito Nunes, falecido em fevereiro deste ano. O professor Aldrin Figueredo relembrou momentos da amizade com o escritor paraense, os quais contribuíram para o seu aperfeiçoamento como profissional. Em seguida, um vídeo com umas das últimas apresentações públicas de Benedito Nunes foi exibido. Nas imagens, o professor participava de um bate-papo com o estudioso português Eduardo Lourenço, e respondia a perguntas de estudantes paraenses. Com objetividade e bom humor, o crítico provocou risos entre a plateia, inclusive em Maria Sylvia Nunes, sua esposa.

Origem - As discussões sobre a arte brasileira e portuguesa iniciaram em 1950, em Washington, quando o historiador americano Robert Schmith organizou o primeiro colóquio. Os próximos encontros aconteceram em Boston e Lisboa. Quase duas décadas depois, o encontro é retomado e a Universidade Federal do Pará realiza a oitava edição do Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte.

Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA