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Foi aberto nesta quarta-feira (04) e prossegue até sexta o II Congresso de Física Médica (ConFiMe) da Unicamp, no Instituto de Física Gleb Wataghin. O evento organizado por graduandos da unidade visa oferecer uma visão geral sobre a física médica no país, tendo como público alvo alunos de física e física médica, bem como professores, pesquisadores e profissionais da área. A temática é ampla, abordando radiologia, radioterapia, medicina nuclear, proteção radiológica, dosimetria, ressonância magnética e produção de fármacos, além do mercado de trabalho para essas especialidades.
“Procuramos manter o padrão bem sucedido do primeiro encontro, reunindo os alunos da graduação para ouvir palestrantes com larga experiência em física médica e que atuam em instituições de renome. O curso é razoavelmente novo – apesar da necessidade antiga – e a ideia é promover a troca de informações para ganharmos mais conhecimento e melhor escolher a área da física que queremos seguir”, afirma o estudante Raphael Fernandes Casseb, da comissão organizadora do ConFiMe.

O desenvolvimento do campo da física médica vem ocorrendo recentemente no Brasil. O seu profissional é um físico conhecedor da interação entre a radiação e a matéria, que atua calculando as doses a serem aplicadas em pacientes, auxiliando na interpretação de imagens de diagnósticos, calibrando e supervisionando equipamentos radioativos dos hospitais e clínicas. O físico médico não é um médico e, portanto, não clinica nem faz cirurgia.

“A interdisciplinaridade entre física e medicina, ao menos no que tange a radiodiagnóstico, radioterapia e medicina nuclear, pode fazer com que o físico tenha um preparo mais fundamentado para assessorar os médicos ou mesmo para planejar tratamentos e diagnósticos”, observa Casseb que, assim como os colegas de comissão, contou com auxílio e orientação de docentes do IFGW e do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) para a organização do encontro.

ifgw_dellamano_290x240_.jpgNo primeiro dia do ConFiMe, pela manhã, foram ministradas palestras por Alexandre Bacelar, da PUC do Rio Grande do Sul, que apresentou um panorama histórico, a situação atual e a visão de futuro da física médica no Brasil; José Claudio Dellamano, do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), que tratou da radioproteção e gerenciamento de rejeitos em instalações radiativas; e Maria da Penha, também do IPEN, que falou sobre metrologia em radiodiagnósticos.

Os três dias do congresso serão ocupados por 11 palestras, duas mesas-redondas e um minicurso. Raphael Casseb acrescenta que também estão programas visitas a hospitais importantes como Albert Einstein, Instituto de Câncer do Estado de São Paulo e A.C. Camargo. “Os participantes vão conhecer as divisões de física médica dessas instituições, o que vai propiciar um contato mais próximo com os profissionais, conhecendo o seu dia a dia”. A programação do II Congresso de Física Médica da Unicamp está neste site.