que hoje fazem parte da sua Casa-Museu, no Jardim Europa, em São Paulo. As comemorações se estendem durante todo o dia com visitas à casa e um show com Tito Martino Jazz Band.
A publicação reúne textos de dez especialistas em história da arte e artes plásticas, como Paulo de Freitas Costa, docentes do Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e da Universidade de São Paulo (USP) e tem prefácio de Celso Lafer, diretor presidente da Fundação Ema Klabin. Com 268 páginas, o livro revela em cada um dos seus treze capítulos um pouco sobre a coleção de mais de 1500 peças da Casa-Museu.
Na publicação, os especialistas analisam desde a construção do imóvel-sede da Fundação, realizada ao longo dos anos de 1950, até a coleção: pintura holandesa; flamenga e francesa; a arte colonial brasileira nas talhas de mestre Valentim; a arte do Japão, China e da África; o modernismo Europeu e a “Escola de Paris”, o modernismo brasileiro, a coleção de artes decorativas, o mobiliário; os objetos da antiguidade clássica; e a biblioteca com três mil volumes, muito deles raríssimos. O livro comemorativo dos dez anos da abertura da Casa-Museu Ema Klabin aprofunda trabalhos anteriores, como o livro Sinfonia de Objetos (Editora Iluminuras Ltda, 2007), do curador Paulo Costa.
Nesses dez anos de atuação, a Casa-Museu Ema Klabin tem muito a comemorar. Cerca de 55 mil pessoas visitaram o espaço cultural que ofereceu 177 shows gratuitos, 194 cursos e palestras, 57 Tramas Culturais, 46 visitas temáticas, 52 arte- papos com artistas contemporâneos e 18 exposições temporárias , duas delas em andamento até o dia 17 de dezembro: Anaconda, de Alex Flemming e Penetra, de Marcius Galan. Desde setembro de 2016 a Casa-Museu ampliou o atendimento das visitas guiadas, abrindo aos finais de semana, sem a necessidade de agendamento.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM/MINC), Marcelo Mattos Araujo, a Casa- Museu Ema Klabin é referência nacional e internacional no campo de museus-casa de colecionador “Esses primeiros dez anos de atividades ininterruptas da Fundação Ema Klabin comportaram um importante programa de ações de salvaguarda de seu vasto e complexo acervo museológico, bem como seus destacados acervos bibliográfico e arquivístico. Paralelamente, desenvolveu um sólido programa de divulgação por meio de diferentes ações expositivas e educativas; e , como poucas instituições museológicas entre nós , logrou constituir e implantar um alentado programa de pesquisa em torno da figura de sua instituidora, de sua prática colecionista, e do acervo por ela reunido, cujos os resultados foram sempre generosamente compartilhados em publicações e apresentações em seminários por todo o pais”, salienta.
A publicação tem apoio cultural do ProAC/ICMS - Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Klabin S.A.
Sobre a Casa-Museu
Aberta ao público desde 2007, a Casa-Museu, antiga residência da mecenas, colecionadora e empresária Ema Klabin (1907-1994) abriga um valioso acervo de mais de 1500 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall, do holandês Frans Post, talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário, peças arqueológicas e decorativas.
Inspirada no Palácio de Sanssouci, em Potsdam, Alemanha, a Casa-Museu de 900 m², construída na década de 50 pelo engenheiro-arquiteto Ernesto Becker especialmente para abrigar as obras da colecionadora, é uma atração à parte. Até o jardim do museu, projetado por Burle Marx, é uma obra de arte.
A coleção foi adquirida por Ema Klabin ao longo de mais de quatro décadas em galerias e antiquários no mundo inteiro e possui obras de artistas que não são encontradas em nenhum grande museu brasileiro. A primeira compra, em 1948, foi realizada por indicação de Pietro Maria Bardi, que então iniciava a formação do acervo do MASP.
Além das obras de arte, a biblioteca que possui um acervo de 3 mil volumes, reduto favorito de Ema Klabin, merece destaque. Nela há livros raros que engloba desde manuscritos iluminados até os primeiros exemplares do livro impresso, bem como relatos de viajantes europeus pelo Brasil, datados do século XVI ao XIX. Inicialmente, a coleção de livros teve a orientação do bibliófilo José E. Mindlin. O acervo está aberto para pesquisas, um dos pedidos da colecionadora.
A empresária Ema Gordon Klabin (1907-1994), carioca criada em São Paulo, foi uma personalidade notável da vida paulistana. Entre as suas iniciativas (que pouca gente conhece) está a compra do terreno para abrigar o Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi. Mecenas, ela integrou conselhos de museus como o Masp.
Serviço:
Data: 9 de dezembro - sábado
14h - Lançamento do livro “A Coleção Ema Klabin” em comemoração aos dez anos de abertura da Casa-Museu
16h30 - Tito Martino Jazz Band - 180 lugares
Entrada franca
Visita ao museu: De quarta a domingo, das 14h às 17h (com permanência até às 18h), sem agendamento. Aos finais de semana e feriados a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Local: Casa-Museu Ema Klabin
Endereço: Rua Portugal, 43 - Jardim Europa, São Paulo - 11 3897-3232