Do Nobel ao cinema
Fiel à obra original, o filme traduz para o cinema um drama em que, aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença.
Assim como na obra de José Saramago, detentor do único Nobel de Literatura da língua portuguesa, o foco do filme não é desvendar a causa da doença ou sua cura, mas mostrar o desmoronar completo da sociedade, que perde tudo aquilo que considera civilizado. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções dos personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, da sua dignidade e dos seus mundos emocionais.
O filme abriu o 61º Festival de Cannes, em 2008, e provocou críticas opostas e enfáticas. A despeito de todas as controvérsias, ao final da obra o espectador estará, no mínimo, intrigado pela dúvida que o autor de Ensaio sobre a Cegueira nos impõe: “É preciso cegarem-se todos para que enxerguemos a essência de cada um?”.
Serviço
19/2 (sábado) – Café Cinematográfico
Exibição do filme Ensaio sobre a Cegueira
9h – Auditório Padres do Trabalho
Campus universitário de Coronel Fabriciano
Evento gratuito e aberto ao público
Os participantes devem contribuir com alimentos para um lanche comunitário.
Assessoria de Comunicação Social
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais