Há décadas, o pesquisador desenvolve ilustrações científicas, feitas à mão, e as utiliza como recurso no estudo e descrição de novas espécies. Ele explica que a exposição tem como objetivo aproximar os visitantes da ciência, estimulando um contato com os animais e com a ilustração científica. “A imagem vale mais do que mil palavras. A partir das ilustrações presentes na bibliografia, consigo identificar se o que tenho em mãos é ou não uma espécie nova”, afirma.
Ao todo, são apresentadas ilustrações de 18 espécies de aranhas, que revelam as características diagnósticas de cada uma delas. Também podem ser vistos espécimes conservados de aracnídeos nativos do Estado e exemplares exóticos. Durante a exposição, recursos visuais, como um vídeo e um painel, explicam o processo completo de descrição de uma nova espécie para a ciência. A experiência sensitiva, desenvolvida pela Goga - Tecnologia Audiovisual, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), oferece ao visitante a sensação de que uma aranha caminha sobre a sua mão.
Para Simone Flores Monteiro, coordenadora de projetos do MCT, a exposição revela a importância dos procedimentos científicos para a construção do conhecimento, apropriando-se das atividades de pesquisa desenvolvidas nas coleções do Museu. “O trabalho do professor Arno é rico em detalhes e, com a exposição, as pessoas podem entender o significado das coleções para a ciência e como elas contribuem para a vida na Terra”, refere Simone.
Olhar de visitante
Camila Wally da Silva Sousa Macedo, professora de Ciências da Escola Estadual de Ensino Fundamental 13 de Maio, do município de Rio Grande, conta que há três anos a instituição traz os alunos ao Museu da PUCRS para uma aula diferenciada. “A principal questão é aproximar a teoria que trabalhamos na escola com a prática que o Museu propõe. Por mais que a gente tente ir além de uma aula clássica, mostrando vídeos sobre a matéria, é aqui que eles conseguem sentir-se próximos do que estão aprendendo”, explica.