Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
Na próxima segunda-feira, 05.11, a Universidade Luterana do Brasil inicia as atividades da EXPOULBRA, evento multidisciplinar que integra o IV Salão de Extensão, a Feira das Profissões, o XVIII Salão de Iniciação Científica e Tecnológica e o XII Fórum de Pesquisa. A partir das 17 horas, com a inauguração da Exposição do Museu de Ciências Naturais, o público poderá conhecer um pouco mais sobre a formação da Terra e os animais que aqui habitavam na época do Triássico Médio – período compreendido entre 245 milhões e 228 milhões de anos, além de espécies vegetais, entre outros.
Para o paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, pesquisador da ULBRA e um dos organizadores da exposição, esse evento possibilita explorar o lúdico. “A partir dos objetos que estão aqui, a pessoa pode reforçar e construir a imagem do que ela pensa sobre a vida na Terra, como ela foi formada e quem a habitou. A função de uma mostra é impactar e mexer com a cognição, com os sentimentos do público”.

Conforme o professor e pesquisador Alexandre Uarth Christoff, responsável técnico pelo Museu de Ciências Naturais da ULBRA, a exposição vai além do que está sendo apresentado no local. Para ele, a importância da mostra é chamar a atenção das pessoas e apresentá-las ao conhecimento e a cultura científica, “para que elas possam integrar isso no seu dia a dia, discutindo conceitos, respeitando o meio ambiente e buscando entender a sustentabilidade”, enfatiza o biólogo.

Destaque da Mostra Científica

Dentre as várias peças de valores museológicos, entre carcaças de animais vertebrados e invertebrados, um destaque especial para o fóssil do Prestosuchus chiniquensis, animal pertence ao grupo dos tecodontes - ancestrais dos dinossauros, que foi descoberto, em 2010, pelo paleontólogo Sérgio Cabreira e pelo biólogo Lúcio Roberto da Silva, da ULBRA em Cachoeira do Sul, às margens da ERS-348, na localidade de Linha do Soturno, em Dona Francisca, na região Central do RS. Segundo Cabreira, esse fóssil que viveu há cerca de 240 milhões de anos era quadrúpede e carnívoro feroz.

Esta é a primeira vez que o fóssil do Prestosuchus chiniquensis ficará exposto para visitação pública.

A visitação a EXPOULBRA é gratuita e acontece até o dia 08.11., das 9h às 12h, das 14h às 17h e das 19h às 21h. A Exposição do Museu de Ciências Naturais da Universidade acontecerá no prédio 16 (ULBRATECH), juntamente com a programação do Salão de Extensão e da Feira das Profissões.

Estão previstas apresentações de trabalhos artísticos-culturais de dança, música, teatro e artes visuais de alunos da Universidade e da Rede de Escolas da ULBRA.

Também serão realizadas visitas guiadas pelo campus. As escolas interessadas em participar destas atividades podem fazer agendamento de horário e data pelos telefones (51) 3477.9103 e 3477.9196.

Mais informações site www.ulbra.br/salao-extensao.

 Mostra é inaugurada após dois anos

Após uma espera de dois anos a mostra promete saciar a curiosidade de um grande número de cientistas e interessados em ciências. A exposição já surge como um dos eventos culturais de maior destaque do Brasil, pela importância das diversas coleções de geologia, zoologia e paleontologia reunidas em um único local.

Na mostra, sequencias de rochas antigas contam a história do substrato geológico do Estado gaúcho desde 2,5 bilhões de anos atrás até os tempos atuais, permitindo que os visitantes associem também os animais que viveram em cada período geológico.

Neste cenário de correlação tempo e espaço o visitante poderá visualizar parte das faunas que viveram e fossilizaram nas rochas sedimentares que compõe o arcabouço sedimentar do sul do Brasil, principalmente com a observação de grandes répteis Triássicos e de alguns dos fósseis mais primitivos dos ancestrais dos mamíferos, os cinodontes.

A mostra científica apresenta nesta fase inicial também o fóssil do maior réptil do período Triássico Médio (240 milhões de anos atrás) e que viveu em todo o megacontinente Pangea, o superpredador Prestosuchus barberenai, lado a lado com um dos dez mais antigos dinossauros que já foram encontrados até hoje, o pequeno Pampadromaeus barberenai, um diminuto e ágil animal que viveu durante o Triássico Superior (230 milhões de anos).