A ideia surgiu em 2010, com a notícia de que a Interorbital Systems, empresa da Califórnia, tinha desenvolvido um foguete de baixo custo e estava comercializando kits de microssatélites. "Fizemos contato com eles para confirmar valores, na época era cerca de US$ 8 mil”, contou o professor de matemática Cândido Moura, coordenador do projeto.
Moura entrou em contato com o Inpe, que se prontificou a apoiar o projeto. Tentaram desenvolver o satélite com o kit americano, mas o equipamento acabou redesenhado pelo pesquisador Auro Tikami, como parte de seu projeto de mestrado no Inpe. "O trabalho dele foi fazer a engenharia do satélite para atender aos novos requisitos", ressaltou Cândido Moura.
O satélite a ser lançado hoje tem duas cargas úteis: um gravador chip com a mensagem da escola que será transmitida em órbita e um experimento do Inpe para estudar as chamadas bolhas de plasma da atmosfera, fenômeno ionosférico que compromete a captação de sinais de satélite e antenas parabólicas em países localizados na linha do Equador.
Para Tikami, o UbatubaSat serviu "como uma forma objetiva de difusão de conhecimento junto à comunidade de estudantes e professores interessados em levar ciência para dentro das salas de aula".
O projeto conta ainda com a parceria da Agência Espacial Brasileira (AEB), que arcou com os custos dos testes e do voo do satélite para a estação espacial. A agência também incluiu os alunos no programa Satélites Universitários, criado para fomentar o desenvolvimento de satélites nas universidades brasileiras.
Os seis alunos que participaram da construção do satélite tiveram a oportunidade de viajar para o Japão e para os Estados Unidos, onde conheceram a Nasa.
O lançamento do satélite pode ser acompanhado pela internet, no link http://global.jaxa.jp/projects/rockets/htv/ disponibilizado pela Jaxa, a agência espacial do Japão.
Para mais informações sobre o projeto acesse a página no site do MCTIC.
Agência FAPESP