Agora, essa imensa quantidade de informações postadas diariamente podem ser encontradas em um só lugar: no Observatório2016. O portal foi desenvolvido por Luiz Velho, coordenador do projeto e Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, e a designer Julia Giannella, ambos do Laboratório Visgraf, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), de modo a englobar uma multiplicidade de olhares sobre as Olimpíadas.
Misturando comunicação e matemática, o Observatório2016 tem por objetivo coletar e analisar comentários e imagens dos Jogos Olímpicos, postados diariamente nas redes sociais, principalmente nos sites do Twitter e Instagram. Isso se dá por um sistema especializado de computadores, que lida com o chamado Big Data (grande volume de informações coletadas da Internet). Esse material é interpretado e transformado em um conteúdo acessível ao público no portal. Para Luiz Velho, a ideia é ter uma compreensão global diária do que está sendo falado sobre o evento. “Outros veículos não têm a possibilidade de fazer análises tão precisas”, garante o pesquisador do Impa.
O projeto foi criado em três fases principais. Na versão mais atual, denominada 2.0, o portal tem diversas novidades. É possível, por exemplo, acompanhar quais países aparecem, nas redes, relacionados a que esportes. O futebol, por exemplo, é a modalidade mais citada por usuários no Brasil. Outra ferramenta é o “Monitor de Temas”, que mostra, por meio de gráficos ilustrativos, assuntos ligados aos Jogos 2016 que circularam no Twitter em meses recentes, antecedentes à sua realização. Além disso, uma das áreas mais inovadoras do site é a “Olhares Controversos”, que mostra a visão de sites oficiais, em contraste com opiniões críticas em relação aos bastidores olímpicos, provenientes da mídia e da população.
Outra preocupação dos pesquisadores foi com a estética. “Criar um design que permitisse a interação com os internautas também foi um dos principais focos na hora de conceber o portal”, comenta Velho. No Observatório2016, gráficos das mais diversas formas e tamanhos, sempre coloridos, geram uma maneira simplificada de o visitante ler dados muito complexos. “O lema da nossa equipe é ‘matemática, arte e um pouco de tecnologia’. O projeto não podia ser diferente”, completa o coordenador.
Luiz Velho e Júlia Giannella: dupla responsável
pelo desenvolvimento do portal (Fotos: Divulgação)
O site permanecerá acessível durante todo o período das Olimpíadas. No momento, assuntos como a tocha e as mudanças promovidas na cidade para receber a competição tomam conta do portal. A expectativa é que, durante o torneio, as provas e seus ganhadores ocupem espaço nas redes sociais e, com isso, apareçam com maior destaque nos gráficos. A ideia é que, mesmo após o evento, o portal sirva como memória digital dos Jogos 2016, ficando de legado para os interessados no assunto. “Para nós, o papel da ciência é gerar informação de qualidade para a sociedade. É isso o que queremos fazer com o projeto: fixar na memória do Brasil e do mundo o que as Olimpíadas deixaram, positiva ou negativamente, para o nosso País.”
Criado em 1989, o Laboratório Visgraf concentra pesquisas do Impa nas áreas de Visão, Computação Gráfica e Multimídia, tendo se consolidado, ao longo de 21 anos, como um núcleo de excelência, de reconhecida importância no cenário internacional, e uma das principais referências para a divulgação e o desenvolvimento da área no Brasil.
Para acessar o portal, acesse o link: http://oo.impa.br/
Assessoria de Comunicação FAPERJ