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Em 2014, uma doença originária da Ásia foi introduzida no Brasil, causando mais de 800 casos: a febre chikungunya. Causada pelo vírus CHIKV, a doença pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti (este, também o vetor da dengue). No verão, as temperaturas elevadas e a grande quantidade de chuvas contribuem para a rapidez na reprodução e desenvolvimento do mosquito, o que evidencia a necessidade de concentrar maiores esforços na prevenção.
Coordenador do Convênio de Prevenção e Combate à Dengue em Novo Hamburgo, uma parceria entre a Universidade Feevale e a Prefeitura Municipal, o biólogo Paulo Henrique Schneider alerta que, como a febre chikungunya pode ser transmitida pelas duas espécies de mosquito, as regiões em que estas são encontradas são suscetíveis de propagação do vírus. “É importante continuar com os cuidados no verão, para impedir que tanto o Aedes albopictus quanto o Aedes aegypti se alastrem”, afirma.

Sobre a febre chikungunya

Chikungunya é uma doença infecciosa febril, que se caracteriza pelo súbito aparecimento de febre, geralmente acompanhada de dores articulares. Há também dores musculares, dores de cabeça, náuseas, cansaço e erupções cutâneas. Os sintomas surgem entre dois a dez dias após a picada do inseto. A maioria dos pacientes se recupera completamente, mas algumas sequelas, como dores articulares, podem durar meses ou anos. O nome chikungunya deriva de uma palavra em makonde (povo que habita a África oriental) que significa “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia - dor nas articulações – intensa.

Sobre o Aedes albopictus

O Aedes albopictus é uma espécie oriunda do sudeste da Ásia, onde é considerado o vetor primário do vírus dengue. No Brasil, foi registrado primeiramente em 1986 no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Partindo da área primeiramente infestada, essa espécie vem sucessivamente se disseminando pelo Brasil inteiro. Ao contrário do Aedes aegypti, o Aedes albopictus se espalha em ambientes urbanos, suburbanos e rurais. Como o Aedes aegypti, o Aedes albopictus também se alimenta de sangue humano, mas pode utilizar uma gama mais ampla de hospedeiros. Suas larvas nascem e se criam em água parada e, morfologicamente, o mosquito adulto é muito parecido com o vetor da dengue. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre chikungunya.

Focos em Novo Hamburgo

De acordo com Schneider, Novo Hamburgo, registrou, em 2014, 1.068 focos de Aedes albopictus. Embora este número seja 18% menor que os 1.287 focos encontrados no mesmo período de 2013, é superior ao de focos do mosquito vetor da dengue, o Aedes aegypti. A grande parte foi encontrada em residências, sobretudo em depósitos móveis, como vasos, pratos, garrafas, bebedouros, entre outros, bem como em pneus.

Dicas de prevenção

Assim como na dengue, para prevenção domiciliar da febre chikungunya deve-se eliminar totalmente a possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se totalmente cobertos os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água. Confira dicas:

- Não deixar a água acumular em vasilhas, calhas, canos e pneus;
- Tratar a água da piscina, tampar caixas d’água, tonéis, barris;
- Retirar a água parada acumulada nas folhas das plantas;
- Manter os pratos dos vasos sem água, escová-los bem para remover possíveis ovos do mosquito, além de enchê-los com areia.

Saiba mais

www.facebook.com/CombateDengueNH