Como os príons, ela induz as proteínas normais ao seu redor a se alterarem, formando aglomerados. Os príons são agentes infecciosos muito particulares. Na verdade, são proteínas nas quais o complexo processo de dobradura molecular tridimensional (que as caracteriza) sofre alterações. Por razões ainda não totalmente compreendidas, essa natureza alterada dos príons é associada à sua capacidade de "sequestrar" seus contrapartes normais e induzi-los a adotar a conformação anormal. O aumento contínuo do número de proteínas alteradas forma os agregados vistos também em doenças neurodegenerativas, como os males de Parkinson e Alzheimer. Uma vez modificada, uma proteína não consegue retomar suas funções originais na célula. Agora, o grupo da UFRJ conseguiu demonstrar que a proteína p53, responsável pela supressão da formação de tumores no organismo, exibe um comportamento similar ao do príon quando sofre mutações.
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Assessoria de Comunicação FAPERJ