Para determinar a composição molecular de compostos insolúveis encontrados no meteorito, o grupo coletou amostras que foram tratadas com água em altas temperatura e pressão.
A massa dos componentes resultantes foi analisada e os cientistas verificaram que emitia amônia (NH4) – um precursor importante para moléculas biológicas complexas, como aminoácidos e DNA – na água em torno.
Os pesquisadores analisaram os átomos de nitrogênio na amônia e determinaram que os isótopos atômicos não se encaixavam com os encontrados atualmente na Terra, descartando a possibilidade de que a amônia pudesse ter resultado de contaminação durante o experimento.
Estudos têm tentado sem sucesso identificar a origem da amônia responsável por desencadear a formação das primeiras biomoléculas na Terra.
A nova pesquisa sugere que meteoritos, que carregam com eles registros da química nos primórdios do Sistema Solar, podem ter semeado a Terra com os precursores moleculares da vida.
O artigo Abundant ammonia in primitive asteroids and the case for a possible exobiology (doi:10.1073/pnas.101496110), de Sandra Pizzarello e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.101496110.
Agência FAPESP