O pesquisador do Inpa, Wanderli Tadei, explica que nas construções de edifícios é necessário fazer o teste de infiltração no futuro banheiro dos apartamentos e para isso é despejada certa quantidade de água.
A área deve ficar alagada por sete dias e é aí que mora o perigo. “O primeiro morador desses prédios é o mosquito transmissor da dengue. Nessa fase de construção os edifícios acumulam água e sete dias é mais do que suficiente para o mosquito”, afirma.
Nova substância
Para resolver o problema, uma substância (que está em processo de patente) foi criada nos laboratórios do Instituto. A técnica consiste em adicionar a sustância à água usada na obra o que segundo Tadei substitui o uso de inseticidas, não permite a proliferação do Aedes Aegypti e ainda protege os trabalhadores da construção civil. “Nós desenvolvemos o sistema onde água pode ser usada normalmente para o teste de infiltração. A substância tem eficácia de 12 dias, já foi testada em laboratório e estamos vendo sua viabilidade. Já fizemos o teste em um edifício e houve uma redução no número de mosquitos ”, enfatizou.
Além disso, há estudos do Instituto que envolvem a análise de resistência do mosquito a inseticidas e a produção de novas fórmulas de repelentes.
Conscientização
O pesquisador faz ainda uma alerta para a população sobre os cuidados para evitar a dengue. Medidas como tampar caixas d’água, manter o quintal limpo, verificar se as calhas não estão acumulando água e verificar os vasos de plantas ajudam no combate a doença.
Ainda de acordo com Tadei, em caso de sintomas como febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, por exemplo, a pessoa deve procurar o serviço médico imediatamente. “O diagnóstico da doença é importante para o paciente e para o serviço público, pois é a partir desse dado é que será feita a ação de combate. Existem quatro tipos de dengue e o mais grave é a hemorrágica que pode levar a óbito. Então o paciente com suspeita de dengue não pode ficar em casa”, finaliza.
Comunicação Social do Inpa/MCT