Desde 2000, quando foi criado, o International Charter Space and Major Disasters beneficiou aproximadamente uma centena de países, em cerca de 300 episódios como terremotos, furacões, ciclones, inundações e incêndios, entre outros.
Em 2010 o Brasil passou a fazer parte do International Charter. A partir do lançamento do CBERS 3, em 2012, o Brasil poderá ser também um ativo fornecedor de dados de satélites para essas ocasiões de calamidade.
Além do Brasil, por meio do Inpe, integram o International Charter para fornecimento de dados instituições e agências espaciais do Canadá, França, Japão, Argentina, China, Índia, Inglaterra e Estados Unidos.
Diante de um desastre, tão logo o International Charter seja acionado, os membros se mobilizam na aquisição prioritária de dados de satélite com foco na região atingida. Há um esforço concentrado para geração de produtos que possam auxiliar as autoridades e agentes locais, como a Defesa Civil.
Enchentes no Peru e na Bolívia, um ciclone nas ilhas do Pacífico, o terremoto no Chile, a erupção vulcânica na Islândia e o derrame de petróleo do Golfo do México estão entre os episódios que contaram com o auxílio do International Charter, como ocorrerá agora nos deslizamentos e inundações no Rio do Janeiro.
Além de acionar o International Charter, a Coordenação de Observação da Terra do Inpe está adquirindo imagens de outros satélites das regiões atingidas pelas chuvas. Esses dados poderão ser utilizados sem custo por órgãos de Defesa Civil e, também, pelos pesquisadores do instituto.
Mais informações: www.disasterscharter.org
Agência FAPESP