
Os elementos químicos presentes nos grãos do rególito lunar – o manto de detritos que cobre a superfície – fornecem pistas sobre sua origem e como foram parar nas crateras polares, muitas das quais não veem a luz do Sol há bilhões de anos, estando entre os pontos mais frios do Sistema Solar.
Segundo o artigo, os compostos voláteis podem ter se originado dos impactos de cometas, asteroides e meteoroides que castigaram o satélite terrestre durante bilhões de anos. Os compostos depositados no rególito podem ter sido liberados pelos impactos ou serem resultantes do aquecimento pela luz solar, que forneceu a energia suficiente para que se deslocassem até os polos, onde permaneceram presos em frígidas crateras.
O impacto do foguete produziu um buraco com cerca de 25 metros de diâmetro e lançou material desde 1,80 metro de profundidade. A nuvem de detritos gerada pela colisão chegou a cerca de 800 metros acima da superfície da cratera, o suficiente para atingir a luz solar.
O resultado foi que a composição da emissão pôde ser medida por quatro minutos por diversos instrumentos de espectroscopia. O material ejetado chegou a quase duas toneladas.

Desde 1972, com a última missão Apolo, o homem não pisou mais na Lua. Apesar de projetos de retorno das missões tripuladas para além dos ônibus espaciais, não se sabe ao certo quando esse retorno poderá ocorrer.
O artigo The LCROSS Cratering Experiment, de Peter Schultz e outros, e os demais sobre a missão LCROSS podem ser lidos por assinantes da Science (10.1126/science.1187454) em www.sciencemag.org.
Agência FAPESP