As provas “Desafios 2013” visam a descobrir e aperfeiçoar jovens talentos focados em cada uma das disciplinas. As inscrições devem ser feitas por meio do site http://www.puc-rio.br/desafios/ e os candidatos podem se inscrever em quantas provas quiserem. Para ter direito à bolsa, os alunos aluno devem ser admitidos na PUC, via Vestibular ou Enem. As inscrições para o Vestibular 2014 da PUC-Rio se encerram no dia 22 de setembro.
Os exames seguem o mesmo padrão adotado nas olimpíadas nacionais, com exercícios desafiadores e dinâmicos. O CTC/PUC-Rio está em busca de alunos com elevado potencial: competitivos, estudiosos e dispostos a enfrentar — e se destacar — em uma das três exigentes carreiras.
Nos exames de classificação dos cursos superiores, os cursos bacharelados de Física, Matemática e Química do CTC/PUC-Rio têm se destacado nacionalmente através do Guia do Estudante e do ENADE.
Além das bolsas integrais, os vencedores das provas “Desafios 2013” poderão receber benefícios adicionais — dependendo do desempenho acadêmico —, como bolsas decorrentes de convênios com a iniciativa privada e projetos de Iniciação Científica. Cada curso dispõe ainda de uma bolsa integral adicional para medalhistas nas respectivas Olimpíadas Brasileiras de Física, Matemática e Química.
Alunos confirmam a importância da prova Desafios na vida acadêmica
Um exemplo de destaque entre os vencedores da prova Desafios é o aluno Wilian Cortopassi, de 23 anos . Ele já cursava Engenharia Química no IME, mas não se identificou com a carreira militar. Fez, então, a prova, querendo a bolsa integral que poderia adquirir. Com o resultado positivo, começou a cursar Química na PUC em 2011 e a participar de pesquisas de câncer e malária. De lá pra cá, já teve seis artigos publicados em revistas científicas. Em janeiro deste ano, foi aceito para estagiar na companhia farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), em Stevenage, Inglaterra, após um processo seletivo que selecionou os 20 melhores químicos do Brasil. Quando voltou, Wilian se inscreveu para os testes de Doutorado nas universidades de Nottingham e Oxford. Com nota “A+”, Wilian optou pela Oxford (considerada a 2ª melhor universidade do mundo) e foi aceito, mesmo sem Mestrado. Ele tem certeza que isso só foi possível por causa da relação direta que tinha com os professores da PUC. “O aluno tem a chance de desenvolver pesquisas de qualidade, ainda na graduação e isto aumenta a chance de ser aceito no Doutorado em grandes universidades. A PUC me proporcionou isso”, conta Wilian, que pretende trabalhar na área de pesquisa, desenvolvendo novos medicamentos para tratamento do câncer.
A história de Mariane Brandão, de 21 anos, é um pouco diferente. Ela está cursando Química desde o primeiro semestre de 2011 e está muito feliz com o resultado. A estudante só participou uma vez das Olimpíadas de Química, mas isto não a intimidou de fazer a prova Desafios. No 5º período, ela já tem uma ideia do que vai trabalhar no futuro: “Ultimamente, comecei a me aprofundar na área de Síntese. Tenho tido grande identificação e pretendo seguir nesta área”.
Clauson Carvalho da Silva, de 22 anos, é um dos talentos da Matemática captados via prova Desafios. Na universidade desde 2010, Clauson já está no 8º período e reconhece a importância da gratuidade para os seus estudos. Quanto ao futuro, está em dúvida se vai trabalhar com matemática aplicada à Engenharia ou Computação. “Sem essa oportunidade da prova Desafios, certamente, não estaria estudando na PUC. É uma oportunidade e tanto poder contar com este benefício”, reforça Clauson.
Fillipo de Souza Lima Impellizieri, de 21 anos, também entrou para o curso de Matemática através da prova Desafios, no segundo semestre de 2010 e acabou de se formar. O mais novo matemático do mercado afirma que, mesmo nunca tendo participado de olimpíadas da matéria, fez a prova visando a ótima qualidade da universidade. “Pretendendo seguir carreira acadêmica”, reforça Fillipo, admitindo que a prova Desafios não foi fácil, o que despertou mais ainda vontade de aprender. “Enquanto fazia a prova, a pretensão de entrar na PUC aumentava, para ter domínio daquele conteúdo, e chegar ao final sabendo tudo. Foi o que aconteceu”, explica o aluno, que já está fazendo Mestrado na mesma área e quer seguir com o Doutorado.
A aluna Beatriz Sauer, de 22 anos, já está no 8º período de Física. Em 2009, quando fez a prova, Beatriz admite que pensava em estudar Engenharia no Instituto Militar de Engenharia (IME), mas, tendo conquistado a bolsa integral através da prova Desafios, optou pela PUC e não se arrepende. Beatriz acabou de voltar de um intercâmbio de um ano na New York University (NYU), onde cursou os 6º e 7º períodos do bacharelado. “O curso de Física da PUC não deixa nada a dever à NYU. A qualidade do ensino é equivalente e não senti nenhuma dificuldade, estava no mesmo nível que os estudantes de lá.” Ainda na dúvida entre Mestrado e MBA após se formar, Beatriz deve seguir na área de Finanças e fazer Doutorado em Engenharia Financeira. Beatriz aproveita para dar um conselho a quem está pensando em se inscrever para a área de Ciências Básicas: “Muita gente tem medo de entrar em Matemática, Física ou Química, porque acha que vai se limitar ao magistério ou à pesquisa, mas o mercado está cada vez mais amplo, oferecendo diversas oportunidades para quem tem esta formação. As pessoas não devem deixar de cursar por causa disso”.