Segundo a Capes, as escolhas observam interesses estratégicos de desenvolvimento em ciência e privilegiam cursos com poucas bolsas.
A escala de prioridades tem três níveis, explica a pró-reitora de Pós-Graduação, Marilza Vieira Cunha Rudge. No primeiro deles, estão engenharia, farmácia e saúde coletiva, além de áreas multidisciplinares. Também estão nesse grupo as ciências agrárias, biológicas, exatas e da terra, com exceção de geociências, medicina veterinária e a pós em matemática com ênfase em probabilidade e estatística. Estas três áreas foram classificadas no segundo nível de prioridade, que também inclui ciências da saúde. As ciências humanas, sociais e aplicadas, letras, lingüística e artes formam o terceiro grupo a receber os recursos.
A Capes pretende reduzir a quantidade de alunos de mestrado e doutorado sem bolsa em todo o país, sobretudo em áreas consideradas prioritárias, para as quais a meta é de 95% de bolsistas. Para isso, a instituição federal alterou as regras que impediam o candidato de ter vínculo empregatício para receber o auxílio. Agora, todos os bolsistas da coordenadoria podem ter um emprego remunerado, desde que o orientador da pós esteja ciente. A área de trabalho deve ter, ainda, relação com o tema de estudo. A nova regulamentação também vale para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Essas mudanças correspondem a reivindicações relacionadas ao trabalho desenvolvido pela Abruem [Associação Brasileira dos Reitores da Universidades Estaduais e Municipais] junto à Capes para mostrar a importância de estender às instituições estaduais e municipais os benefícios de alguns programas de bolsas e auxílios antes destinados para universidades federais, segundo o vice-reitor Julio Cezar Durigan.
Assessoria de Comunicação e Imprensa Unesp