A abertura do evento será no dia 3 de junho, às 9h, no Auditório do Bosque da Ciência, com entrada liberada ao público. Na ocasião, os pesquisadores, que no dia anterior vão visitar a Reserva Ducke, apresentarão suas respectivas Instituições e as definições e abordagens pretendidas nos estudos de BioEconomia e Diversidade. Já nos dias 4 e 5 serão realizadas reuniões separadas em grupos de interesse para propor projetos em parcerias multinstitucionais. O enceramento se dará no dia 06 com a apresentação do relatório final e proposições.
De acordo com um dos organizadores do workshop, o pesquisador do Inpa, Niwton Leal Filho, a reunião objetiva identificar a demanda de pesquisas em BioEconomias e biodiversidade, e identificar temas e projetos de pesquisa de interesse comum, que possam concorrer aos editais a serem abertos pelas diversas Fundações de Amparo à Pesquisas (FAP´s) nacionais com recursos provenientes de fundos do Reino Unido e Brasil, totalizando 18 milhões de libras anuais durante três anos.
“A BioEconomia envolve as inovações aplicadas no campo das ciências biológicas abrangendo o desenvolvimento de produtos e processos biológicos nas áreas da saúde humana, da produtividade agropecuária e extrativista, necessitando para isso de novas abordagens da biotecnologia”, explicou Leal Filho.
Segundo o pesquisador, as oportunidades para o crescimento mundial da BioEconomia estão relacionadas ao aumento da população e ao seu envelhecimento, ao aumento renda per capita, à necessidade de ampliação da oferta de alimentos, saúde, energia e água potável e seus efeitos sobre as mudanças climáticas. Esse cenário indica a oportunidade do Brasil se tornar uma potência competitiva no setor e de distribuir renda às populações que detêm conhecimentos tradicionais e que praticam a exploração sustentável dos recursos biológicos.
“Isso exige pesquisas, planejamento e políticas assertivas, que busquem melhores alternativas no uso de recursos naturais e organização da atividade econômica, sem comprometer a sustentabilidade do ecossistema”, ressaltou Leal Filho.
As áreas prioritárias a serem apoiadas são segurança alimentar, cidades do futuro, bioeconomia e doenças negligenciadas; aquelas doenças que não só prevalecem em condições de pobreza como também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade por representar importante entrave ao desenvolvimento dos países, a exemplo da dengue, malária, doença de chagas, leishmaniose e tuberculose.