“É um convênio bastante amplo, que visa uma cooperação acadêmica do ponto de vista de intercambio dos estudantes, e uma cooperação cientifica, objetos científicos, tecnológicos, envolvendo empresas de tecnologia e empresarial. A nossa intenção é efetivamente criar com a Catalunha um nível de relacionamento que envolva todos esses setores, acadêmico, científico, tecnológico e empresarial. A visita da Universidade de Girona é um passo importante em toda essa direção”.
A representante espanhola, vice-diretora de Política Internacional da Universidade de Girona, Maria Luisa Cabani, acredita que as universidades têm linhas de interesse comuns e têm condições de manter uma relação duradora com qualidade. “A Catalunha é uma das regiões mais prósperas da Espanha. Tem a maior produção industrial, muitas empresas e muito turismo, além de Girona ser uma cidade pequena com ótima qualidade de vida”, destaca para o interesse dos alunos da Unisul.
Sobre a língua falada no campus, ela explica. “Falamos em espanhol ou catalão. Na verdade, por serem línguas romanas, o português, o espanhol, o catalão e o francês têm raízes comuns e nos permitem o entendimento. Como estamos próximos da fronteira com a França, estamos trabalhando em temas que extrapolam as fronteiras. Temos um projeto de línguas em que cada um fala seu idioma de maneira que os outros entendam. Também temos cursos grátis de catalão para os estudantes interessados”.
A professora Silvete Heerdt, representante da Assessoria de Cooperação e Intercâmbio Internacional da Unisul, explica que o protocolo de cooperação assinado prevê o intercâmbio de professores e alunos. “Recebemos três bolsas de estudo para mestrados na Catalunha e agora vamos analisar as linhas de pesquisa deles para detectar áreas afins. Também discutimos o modelo de gestão por competências e pretendemos trabalhar com dupla titulação. Algumas similaridades entre o parque tecnológico deles e a nossa Agetec também estiveram na pauta”.
Marcos Olsen afirma conhecer bem a Universidade de Girona. “Vejo um potencial enorme em diversas áreas. Acho que o processo de intercâmbio de estudantes, professores e projetos científicos vêm de encontro a uma visão do governo do estado, que a economia catarinense precisa efetivamente tomar uma direção. A cooperação internacional é uma das maneiras que nós podemos utilizar para avançar nesse sentido que é o foco da inovação”.
A Silvete Heerdt, representante da Assessoria de Cooperação e Intercâmbio Internacional da Unisul, foi acompanhada pelo diretor do campus universitário Grande Florianópolis, Hércules de Araújo, o diretor da Agência de Tecnologia da Unisul, Paulo Boff, a professora Giovana Dal Zotto, e o professor Rafael Meiyer . Além da vice-diretora de Política Internacional da Universidade de Girona, Maria Luisa Cabani, participou da reunião o senhor Carlos Olsen, da Inova@SC. Esta entidade criada pelo governo catarinense estrutura, implementa, desenvolve e gerencia a Política de Inovação e Tecnologia do Estado de Santa Catarina.