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Conferências e Simpósios
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JornalismoO jornalismo não é mais o mesmo. O advento da internet e das novas tecnologias de comunicação mudaram não só o processo produtivo, mas também a cultura profissional e a organização do trabalho dos jornalistas. As transformações ocorridas nos últimos 20 anos na imprensa brasileira e mundial são o foco do Colóquio Internacional sobre Mudanças Estruturais no Jornalismo, que começa na próxima segunda-feira, 25 de abril, no Auditório da Reitoria, e vai até o dia 28.

"Nunca reunimos tantos pesquisadores de tantos lugares para discutir esse tema", diz a professora Zélia Adghirni, da Faculdade de Comunicação da UnB. São mais de 40 pesquisadores de sete países: Brasil, França, Canadá, Bélgica, México, Portugal e Chile. "Esse é um assunto que vem inquietando diversos grupos de pesquisa no país e no mundo”, afirma o professor Fábio Henrique Pereira.

A conferência de abertura contará com os professores Denis Ruellan, da Universidade de Rennes, na França, e Cremilda Medina, da Universidade de São Paulo. Denis é o fundador da Réseau d’études sur le Journalisme (Rede de Estudos sobre o Jornalismo/REJ), grupo de pesquisadores que estudam as mudanças na profissão nos últimos 20 anos. Para ele, o jornalismo é uma "invenção permanente", está em mutação constante.

Uma das transformações apontadas pela professora Thaïs de Mendonça é quanto à mobilidade do jornalista. "Antes, ele ficava principalmente na rua, era conhecido como "legs´ man" (homem das pernas), enquanto que hoje ele passa a maior parte do tempo na redação, sentado, apurando por telefone ou pela internet", diz Thaïs.

DIPLOMA - Outra questão que será discutida no seminário é o fim da exigência do diploma no Brasil. "É um paradoxo: ao mesmo tempo que não precisa de diploma, o jornalista deve conhece mais os assuntos, ele precisa já chegar sabendo", afirma a professora Zélia.

Cremilda Medina vai falar de como o jornalista, apesar de ter uma função autoral, também articula múltiplas vozes. “Nessa capacidade de mediar outras vozes, está embutida uma responsabilidade ética e só a reportagem e o repórter conseguem trazer à tona os valores e comportamentos coletivos”, ressalta. Também haverá apresentações do professor José Marques de Melo, da Universidade Metodista de São Paulo, e de Rosa Maria Magalhães Gonçalves, do Departamento de Desenvolvimento de Novas Mídias da Central Globo de Jornalismo.

A UnB é a única instituição de ensino superior brasileira ligada à Rede de Estudos sobre o Jornalismo (REJ), e o seminário da semana que vem será o primeiro da rede realizado na América Latina. A programação inclui 36 apresentações de trabalhos em francês, português e espanhol, com tradução simultânea, além de mesas redondas e conferências. Os grupos de trabalho vão discutir a crise das empresas jornalísticas, as formas de construção da notícia, formação e acesso ao mercado de trabalho, acesso ao público e ética da profissão. A programação completa está no site www.mejor.com.br.

Na ocasião, também será lançado o livro Análise de Discurso (para a) Crítica: o texto como material de pesquisa, das professoras Viviane Ramalho e Viviane Resende. A obra trata de como a Análise de Discurso Crítica pode ser usada não só na área específica da Linguística, mas também na Linguística Aplicada, Educação,  Ciências Sociais e Comunicação. O lançamento será no dia 25, às 19h30, no Auditório da Faculdade de Comunicação.

UnB Agência