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Gueragama CsotonyiA incrível arte de caçar fósseis de animais ou vegetais que viveram há milhares de anos e podem revelar pistas importantes de como era a vida na Terra no passado remoto. Trata-se da Paleontologia. Um dos principais nomes nessa área do conhecimento no País, Alexander Kellner, do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai apresentar o livro Caçadores de fósseis (Ed. Instituto Ciência Hoje, 216 p.)
durante noite de autógrafos a ser realizada nesta sexta-feira (16/10), às 19h30, na Livraria da Travessa, no 2º piso do Shopping Leblon, Zona Sul do Rio. Pouco antes do lançamento, às 19h, Kellner vai participar de uma palestra, no auditório da livraria, ao lado do paleoartista Maurílio Oliveira, responsável por várias ilustrações que acompanham o texto.

A coletânea reúne 50 textos originalmente publicados na coluna mensal homônima, que o pesquisador assina há onze anos na Ciência Hoje on-line – portal de divulgação científica do Instituto Ciência Hoje.  “Apesar do título Caçadores de Fósseis, a coluna não fala só sobre dinossauros, mas também de outros bichos, vertebrados e invertebrados, de plantas e microfósseis. Ela apresenta regularmente as descobertas mais interessantes da paleontologia mundial”, explicou Kellner.

Dinossauros, pterossauros, mamíferos gigantes e outros seres vivos que habitaram o planeta em tempos longínquos são temas presentes na obra, assim como as características ambientais da Terra em épocas remotas. “Os textos foram agrupados por capítulos: Origens, Plantas e invertebrados, Da água à terra, Dinossauros, Pterossauros, Crocodilomorfos, Outros répteis, Mamíferos e Extinções. São textos que falam desses assuntos a partir de diversos ângulos, como as primeiras angiospermas encontradas na China e o desaparecimento dos dinossauros, há 66 milhões de anos”, resumiu.

Para o pesquisador, o objetivo da obra é oferecer mais uma ferramenta de leitura capaz de traduzir a importância da paleontologia para o grande público, com uma linguagem de fácil acesso. “Espero que esse livro contribua para aumentar a divulgação do conhecimento paleontológico entre o público não especializado. Costumo me dedicar a atividades de divulgação científica para dar um retorno à população do investimento público, via agências de fomento federais e estaduais, como a FAPERJ, que vem sendo destinado às minhas pesquisas. Também é uma forma de contribuir para a educação no País”, disse Kellner, que é autor do livro Pterossauros – Os senhores do céu do Brasil (Ed. Vieira & Lent, 2006, 175 p.) e dos romances Na terra dos titãs (Ed. Rocco, 2007, 230 p.) e Mistério sob o gelo (Ed. Rocco, 2010, 352 p.).

O paleontólogo costuma realizar exposições de fósseis e réplicas para ajudar a popularizar a paleontologia para aqueles que não são especialistas. “A coluna Caçadores de Fósseis não foi a minha primeira experiência com divulgação científica. Minha primeira experiência nesse campo foi com a exposição ‘No tempo dos dinossauros’, realizada em 1999, no Museu Nacional. Conseguimos atrair cerca de 240 mil visitantes. Posso afirmar que essa exposição foi um divisor de águas para tornar a paleontologia mais conhecida do grande público. Foi quando a mídia brasileira descobriu a paleontologia no Brasil e passou a se interessar em noticiar as descobertas nessa área do conhecimento no País”, destacou.

Filho de pai alemão e mãe austríaca, o paleontólogo nasceu no Principado de Liechtenstein, no centro da Europa, e aos quatro anos mudou-se para o Brasil com a família. Graduado em em Geologia pela UFRJ, Kellner fez o doutorado na Columbia University, em Nova York, em 1991, num programa que a universidade mantém com o Museu de História Natural, também em Nova York. Cinco anos mais tarde, ao regressar ao Brasil, ele se naturalizou. Desde 1997, é paleontólogo do Museu Nacional, onde desempenha as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Realizou inúmeras descobertas paleontológicas, com a descrição de mais de 60 novas espécies de vertebrados – sobretudo dinossauros e pterossauros – e organizou e participou de expedições a diversos pontos do planeta, como Liaoning (China), deserto de Atacama (Chile), Kerman (Irã) e a ilha de James Ross (Antártica). No Brasil, já fez coletas de Norte ao Sul.

A coluna Caçadores de fósseis é publicada por Kellner toda segunda sexta-feira de cada mês. Ela é mantida desde dezembro de 2004 e, ao longo dos anos, contou com a supervisão dos jornalistas Bernardo Esteves, Thaís Fernandes, Catarina Chagas e Carla Almeida. Visite o arquivo para ler as colunas anteriores e leia a apresentação do colunista.

Assessoria de Comunicação FAPERJ