Ciência e Tecnologia

biodiversitaO Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Aché Laboratórios e a empresa Phytobios firmaram uma parceria com o objetivo de identificar substâncias da biodiversidade brasileira que permitam desenvolver novos fármacos para as áreas de oncologia e dermocosmético. O investimento inicial é de R$ 10 milhões, sendo a metade desse valor paga pela Aché, 33% pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e 17% a encargo do CNPEM.

Um dos instrumentos de pesquisa mais utilizados para identificar e analisar substâncias químicas, os espectrômetros de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR, na sigla em inglês) são volumosos, o que impossibilita seu uso em campo para detecção de compostos. A fim de diminuir as dimensões do equipamento têm sido feitas diversas tentativas de desenvolver espectrômetros FTIR miniaturizados, que possam ser integrados a drones, telefones celulares e outros dispositivos, de modo a possibilitar a monitoração de gases de efeito estufa de forma remota, por exemplo.

Estima-se que pelo menos 15 mil casos de câncer por ano no Brasil – ou 3,8% do total – poderiam ser evitados com a redução do excesso de peso e da obesidade. De acordo com um estudo epidemiológico feito no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em colaboração com a Harvard University (Estados Unidos), esse número deve crescer até 2025, quando se estima que mais de 29 mil novos casos de câncer atribuíveis à obesidade e sobrepeso devam surgir, índice que vai representar 4,6% de todos os novos casos da doença no país. 

Nas últimas décadas, diversos grupos de pesquisa no mundo em ciência dos materiais iniciaram uma corrida para conseguir desenvolver novas técnicas para obter partículas de prata em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro) e aumentar as propriedades óptica, catalítica e bactericida do material. Um grupo de pesquisadores ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP – acaba de dar um passo à frente nessa disputa. 

Identificar locais prioritários para ações é um desafio importante em projetos de conservação de biodiversidade. Uma alternativa adotada por um grupo de pesquisadores é olhar para o passado, de modo a procurar entender quais foram as condições climáticas das regiões analisadas. “As regiões que menos sofreram com mudanças climáticas nos últimos 21 mil anos são aquelas onde ocorreram menos extinções locais. Assim, essas regiões possuem maior riqueza de espécies e, consequentemente, maior diversidade genética entre as espécies, ou seja, maior variabilidade dos genes dentro de uma mesma população”, disse o biólogo Thadeu Sobral-Souza, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro. 

industria 4O Brasil precisa inserir, com urgência, a indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial a fim de preservar e aumentar a competitividade do país. A política industrial brasileira voltada a desenvolver a indústria 4.0 ou manufatura avançada no país, contudo, deverá abranger um conjunto amplo de ações que terão de ir muito além da difusão e adoção de tecnologias. A avaliação foi feita no 3º Fórum de Manufatura, realizado nos dias 19 e 20 de março, em São Paulo.

atomo stilizzatoO bombardeio das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos, em 1945, foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas contra alvos civis. Uma série de estudos teve início após esse episódio com o objetivo de mensurar o impacto do ataque sobre as vítimas – tanto para determinar a dose de radiação a que foram expostas, como para entender os efeitos dessa exposição sobre o DNA e a saúde de modo geral. 

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descreveram na revista Cell Reports um painel de biomarcadores capaz de indicar aos médicos quais pacientes diagnosticados com glioma – um tipo de câncer cerebral – tendem a evoluir para uma forma mais agressiva da doença no caso de recidiva. De acordo com Houtan Noushmehr, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e coordenador da pesquisa, entre 80% e 90% das pessoas diagnosticadas com câncer no cérebro desenvolvem um segundo tumor após a retirada cirúrgica da lesão original. 

Além de se programar para tomar corretamente os medicamentos anti-hipertensivos prescritos pelos cardiologistas nos horários indicados e adotar hábitos e estilos de vida saudáveis, os pacientes com hipertensão arterial podem incluir uma atividade prazerosa – e benéfica – na rotina do tratamento da doença: ouvir música logo após a medicação. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Marília, em colaboração com colegas da Faculdade de Juazeiro do Norte, da Faculdade de Medicina do ABC e da Oxford Brookes University, da Inglaterra, constatou que a música intensifica os efeitos benéficos de anti-hipertensivos em um curto prazo de tempo após a medicação. 

Ao combinar diferentes linhagens de células tumorais geneticamente modificadas, cientistas de Campinas (SP) conseguiram resultados promissores no tratamento de tumores em camundongos. O objetivo da pesquisa, apoiada pela FAPESP, é desenvolver uma vacina capaz de estimular o sistema imune a combater o câncer. O trabalho vem sendo conduzido no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), durante o doutorado de Andrea Johanna Manrique Rincón, sob a coordenação de Marcio Chaim Bajgelman. 

Apenas 25% da superfície terrestre permanece livre de impactos substanciais causados por atividades humanas. E o índice deve cair para meros 10% até 2050, segundo projeções da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). “Apenas algumas regiões nos polos, desertos e as partes mais inacessíveis das florestas tropicais permanecem intactas”, afirmou o sul-africano Robert Scholes, um dos coordenadores do relatório temático sobre Degradação e Restauração de Terras Degradadas divulgado pela IPBES nesta segunda-feira (26/3), em Medellín, na Colômbia.